A terceira audiência pública do PIU Vila Leopoldina/Villa-Lobos, promovida pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e SP Urbanismo, foi realizada na Igreja Batista Palavra Viva, na quinta-feira (14).
O evento teve um público de 401 pessoas para a apresentação do projeto que será enviado à Câmara Municipal. Estiveram presentes o presidente da SP Urbanismo José Armênio, o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano Fernando Chucre, o superintendente de desenvolvimento da SP Urbanismo Leonardo Castro, o superintendente de estruturação de projetos da SP Urbanismo Marcelo Ignatios, os vereadores Fábio Riva e José Police Neto, e o subprefeito da Lapa Leo Santos. “A Vila Leopoldina está em um momento interessante. É uma folha em branco e podemos construir isso juntos”, afirmou o subprefeito.
O projeto prevê intervenções e adensamento na área entre a Marginal Pinheiros, Ceagesp e Parque Villa-Lobos, com um investimento de R$ 135 milhões por parte da iniciativa privada na forma de obras de habitação de interesse social, equipamentos e viário, em um modelo de antecipação da outorga onerosa. O PIU está em discussão desde 2016 e serão realizados dois leilões para aquisição do potencial construtivo da região. “Tínhamos mais dúvidas do que certezas no início, mas agora temos mais certezas. Vamos ter esse debate na Câmara agora e é importante ter o líder do governo aqui (Fábio Riva). Vamos ter a maior e melhor lei saindo ainda este ano”, declarou Police Neto.
Foram contabilizadas 796 famílias pela Sehab nas comunidades do entorno da Ceagesp, sendo que 400 vão ficar na área institucional do projeto e 396 no terreno da SP Trans na Avenida Imperatriz Leopoldina. Também será realizada a revitalização do Cingapura Madeirite.
O público, composto majoritariamente por moradores das comunidades, elogiou o projeto e cobrou moradia digna e manutenção das ZEIS (Zonas Especiais de Interesse Social) na região. Antonio Zagato, coordenador do Conselho Participativo Municipal (CPM) da Lapa, cobrou que a SP Urbanismo responda uma lista com 17 questionamentos enviados pelo CPM sobre o projeto, onde são apontadas partes do texto que precisam de esclarecimentos, por exemplo, se o conselho gestor será deliberativo ou consultivo. Já a conselheira Ana Kika Lanari pediu que a digitalização dos processos administrativos do projeto sejam de fácil acesso na internet. Foram questionados os cenários alternativos para a realização do projeto e se o prazo de cinco anos de manutenção, por parte da empresa que realizará as obras, é suficiente para a adaptação da comunidade ao novo modelo de moradia. Marcelo Ignatios afirma que a entrega das HIS será feita no modelo chave/contra-chave, sendo que os moradores da comunidade só deixarão suas residências quando os apartamentos estiverem prontos.
Conselho Participativo
Marcelo Ignatios e Leonardo Castro da SP Urbanismo participaram de uma reunião com conselheiros do CPM Lapa na terça-feira (12). Ignatios explicou o projeto que seria apresentado dois dias depois na audiência pública. Entre os temas tratados no encontro esteve a descontaminação do terreno da SP Trans que receberá parte das moradias. “Não é papel do projeto descontaminar o terreno, mas construir uma plataforma jurídica que assegurará os processos de aprovação. Vai ser realizado o licenciamento ambiental em cada fase, conforme já é previsto”, afirma Ignatios. O primeiro leilão terá o custo de R$ 78.054.919,00 e o segundo de R$ 55.002.331,00.