Tendal recebe mostra de espetáculos da Cia. Mungunzá de Teatro

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Foto: Letícia Godoy

Letícia Godoy
Cena da peça “Porque a Criança Cozinha na Polenta”

Após apresentações no Festival Internacional de Teatro de Kerala, na Índia, a Cia. Mungunzá de Teatro realiza uma mostra com cinco espetáculos no Tendal da Lapa (Rua Guaicurus, 1100). As apresentações acontecem de 1º a 12 de fevereiro, com ingressos gratuitos que devem ser retirados uma hora antes de cada peça.

O primeiro espetáculo é “Luis Antonio – Gabriela”, nos dias 1º, 2 e 3 (sábado e segunda-feira às 20h e domingo às 19h). Sucesso de público e crítica com mais de 400 apresentações, a montagem conta a história do irmão mais velho do diretor Nelson Baskerville, Luis Antonio, que desafia as regras de uma família conservadora dos anos 1960. O documentário cênico tem início no ano de 1953, com o nascimento de Luis Antonio, que passou infância, adolescência e parte da juventude em Santos até ir embora para a Espanha, aos 30 anos, onde se transforma em Gabriela. Desde 2018 a peça conta com a atriz trans Fabia Mirassos no papel de Gabriela.

Na sequência será apresentado “Porque a Criança Cozinha na Polenta” (de 4 a 6 de fevereiro, terça a quinta-feira, às 20h), que conta a história de uma menina romena cujos pais são artistas circenses exilados de seu país. A Cia. Mungunzá de Teatro iniciou suas atividades em 2006, com uma pesquisa realizada em parceria com o diretor Nelson Baskerville, em torno do teatro épico de Bertolt Brecht, que deu origem ao espetáculo “Porque a Criança Cozinha na Polenta”.

Em “Poema Suspenso para uma Cidade em Queda” (de 7 a 9 de fevereiro, sexta e sábado às 20h e domingo às 19h), quatro torres de andaimes de cinco metros de altura formam o cenário e a narrativa é baseada em histórias e experiências pessoais dos atores, compondo uma fábula contemporânea sobre a sensação de suspensão e paralisia geral do mundo moderno.

O espetáculo infanto-juvenil “Era uma Era” (dias 8 e 9 de fevereiro, sábado e domingo, às 12 horas) conta as desventuras de um rei que tenta, a qualquer custo, fazer parte da história e, para tal, documenta toda a fundação do seu reino e seus feitos. Inspirada no livro “O Decreto da Alegria”, de Rubem Alves, a montagem tem como temas centrais a memória e a tecnologia.

A temporada se encerra com “Epidemia Prata” (de 10 a 12 de fevereiro, segunda a quarta-feira às 20h), espetáculo performático, poético e sinestésico que desconstrói personagens estigmatizados pela sociedade.

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