Enchentes: velho problema

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As enchentes são antigas em São Paulo. Devido à ocupação desordenada do solo, a solução é complexa e agravada pela falta de empenho da Prefeitura em resolver/mitigar seus efeitos: entre 2016/18, gastou-se 41% da verba para combates e 50% em 2019. A maioria das obras está atrasada.

A principal causa está na impermeabilização generalizada do solo prejudicando a retenção das águas, lançando enormes volumes em pouco tempo sobre um sistema de drenagem obsoleto que não consegue dar vazão. Lixo descartado incorretamente, excesso de córregos canalizados e rios assoreados agravam o problema.

Piscinões sozinhos não resolvem. Precisa tratar e reutilizar a água e mais infraestrutura verde. Grandes parques nos bairros e lineares ao longo dos rios, mais praças e cuidar para que os rios cumpram seu papel: transportar águas. Permitir à cidade que absorva a água da chuva como uma esponja.

Na Leopoldina lutamos por isto, mas muitas áreas permeáveis foram grafadas para ocupação residencial. Piscinões verdes, reabertura do Parque Orlando Villas-Bôas, limpeza e ampliação de córregos e galerias podem mitigar algo que é crônico e maior do que pensamos.

Ponto positivo para a vizinhança que, de pronto, socorreu as comunidades carentes castigadas pela inundação. A Prefeitura veio dois dias depois. É preciso melhorar a velocidade de reação para um velho e conhecido problema.

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