Vizinhos reclamam de dark kitchen

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Foto: Divulgação

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Galpão onde funcionam as cozinhas

Vizinhos do entorno da Rua Clélia se queixam de uma dark kitchen, estabelecimento que prepara alimentos para entregas em domicílio, instalada em um galpão de 1000 m² na via, na altura do número 1805. A estrutura tem a previsão de receber a operação de 34 cozinhas. Os problemas começaram com a realização da obra, iniciada no começo da pandemia, em março, que ocorreu de forma ininterrupta, inclusive de madrugada com holofotes e aos finais de semana.

Com a estrutura pronta, as cozinhas começaram a trabalhar utilizando um gerador, que provocou barulho e um forte mau odor de diesel na vizinhança, além da fuligem e o cheiro de frituras.

Os moradores já acionaram o PSIU, que em uma primeira visita afirmou que a empresa estava fechada, informação que os vizinhos dizem não proceder. Em uma segunda visita, o PSIU registrou um ruído de 68,5 decibéis provenientes do empreendimento. Em zonas residenciais o limite de ruído permitido é de 50 decibéis entre 7h e 22h, e 45 decibéis das 22h às 7h. Em zonas mistas, são permitidos até 65 decibéis durante o dia e entre 45 e 55 decibéis das 22h às 7h.

A estrutura funciona de segunda a segunda, em horários que passam da meia-noite. O grupo solicitou informações sobre o alvará de funcionamento, e afirma ter dificuldades em receber respostas da Subprefeitura Lapa. A subprefeitura afirma que já autuou o empreendimento. Os vizinhos também estão em contato com a empresa Kitchen Central que é gestora do galpão.

Questionada, a Kitchen Central afirma que o objetivo da empresa é agregar no entorno e que foi instituído um comitê de diálogo junto aos representantes da comunidade, para que eles passem todos os feedbacks e a empresa tenha ciência de qualquer incômodo pontual. Sobre os problemas de odor e fuligem, a Kitchen Central afirma que está trabalhando com duas empresas para a resolução e, apesar de tentar oferecer a maior agilidade, o prazo para a resolução depende da disponibilidade de compra dos materiais devido ao momento atual.

Em relação ao barulho, a empresa afirma que, independentemente do horário de funcionamento das cozinhas, a proposta é que o ambiente seja agradável para os vizinhos, e que já estão sendo instalados confortos acústicos provisórios. Acrescenta também que já foi apresentado, junto ao comitê de vizinhos, a proposta de solução definitiva.

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