Subprefeito apresenta projeto de calçadão na Rua Doze de Outubro

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Foto: Reprodução

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Projeto prevê comércios no centro da via

O subprefeito da Lapa Leo Santos participou da reunião ordinária da Distrital Oeste da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) na quarta-feira (21). No encontro, chamado de “O futuro da Rua Doze de Outubro”, foi apresentada a ideia de transformar a Rua Doze de Outubro em um calçadão. “Imaginamos como seria se a Rua Doze de Outubro fosse um grande calçadão, a exemplo dos que existem em Osasco e no Centro. Essa é a primeira vez que apresentamos o projeto para analisarmos juntos. Se for bom para os comerciantes e para a sociedade lapeana, vou apresentar para o governo”, disse Leo Santos.

O projeto prevê a proibição do trânsito de veículos em toda extensão da Rua Doze de Outubro, até o primeiro quarteirão da Rua Dr. Cincinato Pomponet. No centro da via serão instalados contêineres que funcionarão como lojas, em substituição ao comércio ambulante. Esses contêineres também vão contar com banheiros masculinos e femininos com acessibilidade e estabelecimentos como cafés e lanchonetes que serão responsáveis pela manutenção dos sanitários. Também serão instaladas calçadas elevadas nos cruzamentos da via. “Os contêineres permitem maior controle por parte do poder público sobre os camelôs que estão regulares. A ideia não é trazer pessoas de fora, mas colocar nas estruturas os ambulantes que já possuem o TPU (Termo de Permissão de Uso). Vamos conversar com a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes para ver as possibilidades de desviar o trânsito de carros e ônibus que descem a Doze para as ruas laterais. Essa ideia vem de encontro ao que já está sendo feito na cidade, ao conceito de mobilidade que dá preferência ao pedestre, como as obras na própria Rua Doze de Outubro e na Lapa de Baixo, com alargamento de calçadas”, explica o subprefeito.

A ideia inicial foi elogiada pelos participantes da reunião, que ressaltaram a importância de aprofundar e discutir a proposta com os comerciantes do centro comercial da Lapa.

Douglas Formalgio, vice-presidente da ACSP, falou sobre a necessidade da formalização do trabalho ambulante.  “A Prefeitura não pode absorver pessoas com mercadoria pirateada ou roubada. Para isso o ambulante precisa passar de pessoa física para jurídica. A Doze de Outubro foi a principal rua comercial de São Paulo em faturamento, mas perdeu esse encanto por causa da deterioração. Esse projeto podia ser contemplado com detalhes para valorizá-lo, como fazer uma estrutura coberta. E não precisa ser a Doze de ponta à ponta, pode ser o trecho entre a John Harrison e Clemente Álvares. Podia enterrar os cabos de energia e pensar em aproveitamento de águas pluviais e de energia solar. Esse boulevard podia ser uma rua 24 horas, já que às 4h da manhã tem gente descendo na estação de trem para trabalhar, e às 22h, 23h tem gente saindo de aulas”, disse. “O Leo expôs uma ideia, não um projeto, precisa de mais trabalho e se aprofundar nos problemas vitais, como tráfego, a questão da passagem (Toca da Onça), etc. A ideia é viável e interessante. Poderia tornar a região mais nobre com esse boulevard. Temos eleições agora e não sabemos o que vai acontecer, se os interesses vão continuar os mesmos”, disse Antônio Carlos Pela, coordenador do Conselho de Política Urbana da ACSP.

O superintendente da Distrital Oeste da ACSP, Mario Martinelli, afirmou que particularmente aprova o projeto, mas que isso deve ser discutido com os comerciantes locais, e colocou a distrital à disposição para novas discussões.

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