Na terça-feira (29) foram iniciadas as obras de demolição da arquibancada sul do Pacaembu, conhecida como tobogã. O projeto da concessionária Allegra Pacaembu prevê a construção de uma nova edificação no local que funcionará como centro de convenções e eventos. Também será criada uma praça interna de convivência com oferta de alimentação e serviços. A demolição do tobogã será realizada com diversos equipamentos como marteletes, escavadeiras e tesouras hidráulicas. Não haverá uso de explosivos e a demolição está prevista para durar de três a quatro meses. Estima-se que praticamente todo o concreto do tobogã seja reaproveitado na própria obra.
O prefeito Ricardo Nunes falou sobre o ganho aos cofres públicos com a concessão. “Este é um projeto fundamental, que trará uma desoneração de R$ 836 milhões ao longo desta concessão com o pagamento de outorga, desoneração do orçamento municipal, investimentos e ISS, neste que também será um projeto importante para a recuperação da economia pós-pandemia”, afirmou.
A Allegra Pacaembu informou que o investimento estimado é de cerca de R$ 400 milhões, com contratação de aproximadamente 500 operários no pico das obras. A concessionária irá investir na modernização do espaço, da infraestrutura, das instalações, bem como em acessibilidade, sinalização e comunicação visual, sistemas elétricos, hidráulicos, de telecomunicações, TI, ar-condicionado e iluminação. Também serão realizadas intervenções no Centro Poliesportivo e no próprio estádio, com reformas nas arquibancadas laterais leste e oeste e restauro da fachada histórica. O Museu do Futebol seguirá com sua operação normal.
A concessionária será responsável por todos os custos com administração, zeladoria, segurança e atendimento aos usuários. “Nosso desejo é manter viva a história do Pacaembu. Essa obra será executada com todo zelo e respeito ao patrimônio, orientada para o futuro, iniciando uma nova fase desse ícone de São Paulo. O projeto entregará aos paulistanos um espaço público mais democrático, plural e acessível, resgatando os pilares originais de cultura e lazer, além de potencializar o seu uso esportivo”, afirma Eduardo Barella, CEO da Allegra Pacaembu. A concessionária venceu o processo de licitação pelo valor total de R$ 111 milhões e prazo de 35 anos.
O Complexo Pacaembu é um equipamento da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (SEME) e foi inaugurado no dia 27 de abril de 1940, com área aproximada de 75.500 m², sendo 50 mil m² de estádio e 25.500 m² de centro poliesportivo. As instalações incluem piscina olímpica aquecida, ginásio coberto, ginásio de saibro coberto para tênis, quadra externa de tênis com arquibancada, quadra poliesportiva externa com iluminação, três pistas de cooper, duas salas de ginástica e posto médico. O custo de manutenção do espaço era em média de R$ 9 milhões ao ano. A concessão faz parte do Plano Municipal de Desestatização (PMD), que também inclui os projetos do Ibirapuera, Anhembi e baixo dos viadutos Antártica e Lapa.