Espetáculo conta história da rainha angolana Nzinga

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Foto: @yi_renkyi

@yi_renkyi
História se passa entre 1617 e 1624 no Ndongo, território que hoje faz parte de Angola

Ao resgatar a relação entre a rainha Nzinga e seu irmão Ngola Mbandi, do Ndongo (parte do atual território de Angola), o espetáculo teatral “Nzinga” propõe um mergulho nos repertórios culturais das matrizes bantu. O trabalho, idealizado por Aysha Nascimento, Bruno Garcia e Flávio Rodrigues ficará em cartaz no Sesc Pompeia até 5 de agosto, com apresentações de terça a sexta, às 20h30.

Com dramaturgia de Dione Carlos, a trama parte de um recorte temporal de sete anos, entre 1617 e 1624, desde o momento em que Ngola Mbandi assume o trono após a morte do pai até a coroação de Nzinga como soberana do Ndongo, após o falecimento de seu irmão. A rainha angolana configura-se enquanto personagem mítica e sócio-histórica como um símbolo da resistência dos povos africanos e permite aos afrodescendentes acessar e recontar suas próprias histórias. “O espetáculo traz premissas que podem, creio eu, fortalecer nossos lugares de potência, sobretudo diante do momento atual de tantas mazelas. O espetáculo é uma proposta, e não uma resposta, sobre ser, estar e sentir no mundo”, revela Aysha Nascimento, co-idealizadora do trabalho. “Infelizmente, pouco se sabe sobre os irmãos e irmãs de Mwene Nzinga, então nós nos apoiamos em fontes bibliográficas combinadas a fontes orais de uma produção panafricanista muito específica. O nosso objetivo era escapar da construção antagônica entre os irmãos sustentada pelas fontes eurocêntricas”, completa.

Os ingressos custam entre R$ 9 e R$ 30 e o Sesc Pompeia fica na Rua Clélia, 93.

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