Foto: Marina Deppieri
Nos dias 20 e 21 de agosto a Secretaria Municipal de Cultura e o Departamento de Patrimônio Histórico realizam a 8ª Jornada do Patrimônio, com o tema “Tão perto, tão longe”, em diversos pontos da cidade com mais de 350 atividades.
Na Barra Funda será realizada uma homenagem a Brenda Lee (10/01/48 – 28/05/96), ativista na defesa da saúde e acolhimento da população travesti e transexual. A Casa de Apoio Brenda Lee, localizada na Rua Major Diogo, 779, na Bela Vista, também conhecida como Palácio das Princesas, foi instituída no final dos anos 80 para abrigar pessoas soropositivas com o objetivo de dar assistência médica, social, emocional e material. Para celebrar Brenda Lee será realizada no sábado (20) uma programação no Núcleo Experimental (Rua Barra Funda, 637), com um bate-papo com Thaís Azevedo (ONG Pela Vidda) e Renata Peron (17h30), intervenção artística e desfile com Vicenta Perrota, Magô Tonhon, Casa Florescer, Renata Peron e o Samba de Roda da Diversidade (18h30), e por fim a apresentação do musical “Brenda Lee e o Palácio das Princesas” (21h).
A Casa Mário de Andrade, também na Barra Funda, irá organizar uma visita ao Largo da Banana, lugar considerado o berço do samba paulistano. Durante a caminhada os participantes acompanharão uma conversa entre o Mestre Griô e o pedagogo Marquinhos Simplício, de capoeira e tiririca, e Symone Tobias, atuante no samba desde os anos 1970, filha do Comandante Tuba e neta do sambista Inocêncio Tobias, que falarão sobre a importância do reconhecimento público de espaços de memória representativos do surgimento do samba na cidade. A atividade acontece no sábado (20), das 16h às 18h, e as inscrições para participar devem ser feitas pelo site (www.casamariodeandrade.org.br). O ponto de encontro será na própria casa, na Rua Lopes Chaves, 546.
Já na Vila Romana, a Casa Amarela celebrará presencialmente seu centenário, já que em 2021 não foi possível por causa das restrições em decorrência da pandemia. No ano passado foi realizada uma live com Janice de Piero, bisneta de Angelo de Bortoli, o imigrante que construiu a casa considerada a primeira do bairro, e Emidio Luisi, premiado fotógrafo responsável pelo projeto audiovisual “Os Pioneiros da Vila Romana”. Nesta edição o imóvel icônico recebe a exposição “Moradas”, uma instalação composta por imagens de cem casas, que aproximadas experimentam relacionamentos de diversas naturezas. A proposta é revelar suas particularidades arquitetônicas, memoriais, temporais e afetivas que se entrelaçam e fortalecem no todo coletivo. A visitação acontece das 14h às 18h no sábado (20) e das 10h às 14h no domingo (21). A Casa Amarela da Vila Romana fica na Rua Camilo, 955.
