Crimes na Leopoldina e Alto da Lapa assustam e viralizam nas redes

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Foto: Divulgação

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Redes sociais aumentam sensação de insegurança

Os moradores da Vila Leopoldina e Alto da Lapa vivem, atualmente, com uma sensação de grande insegurança, tanto em casa quanto nas ruas, alimentada pelas redes sociais, que viralizam casos de crimes na região. Apenas no mês de fevereiro, relatos dão conta de um furto de carro no estacionamento da Droga Raia na Rua Carlos Weber; do arrombamento do portão da garagem de um edifício na Rua Brentano, onde quatro adolescentes conseguiram furtar capacetes e peças de motos; e de um assalto a um pedestre, também na Carlos Weber, durante o qual o assaltante disparou contra a vítima para roubar um relógio e outros objetos, mas por sorte a arma falhou. Isso sem contar os famosos golpes com maquininha de cartão, como o do bolo de aniversário, onde um suposto entregador do IFood chega dizendo que o morador está recebendo um presente de um conhecido, mas para ganhar o bolo ele precisa pagar a taxa da entrega. Ao passar o cartão, no entanto, esse valor, que seria irrisório, se transforma em um número com três dígitos, desfalcando a conta da vítima.

Para o presidente do Conselho Comunitário de Segurança da Vila Leopoldina (Conseg), Roberto Bortoni, a percepção do aumento da criminalidade na área é real, e os vídeos e fotos divulgados nas redes sociais ajudam a potencializar a sensação de insegurança. ”Os crimes na Leopoldina e Alto da Lapa, sem dúvida, aumentaram nos últimos meses, mas, em compensação, a produtividade da polícia também aumentou consideravelmente, com o registro de um número maior de inquéritos e flagrantes”, destaca. De acordo com os números divulgados pela Secretaria de Segurança Pública, os furtos em geral cresceram 25% na região em 2022 e os furtos de veículos aumentaram 16%. Mas, no mesmo período, houve também um crescimento de 19% na abertura de inquéritos, de 17% no número de prisões e de 10% no total de flagrantes.

Para Bortoni, uma forma dos moradores colaborarem com a polícia é participar de ações preventivas, como a Vizinhança Solidária, além de buscar orientação e dividir informações participando das reuniões mensais do Conseg.

Embora reconheça o aumento da criminalidade na Leopoldina e região, o capitão Márcio Essaki , comandante da 2ª Cia. Do 4º BPM-M, responsável pelo patrulhamento na área, ressalta que o bairro não é violento, em comparação com outras regiões da cidade. De acordo com ele, 80% das ocorrências registradas aqui são de estelionato, crime preferido pelos bandidos porque eles correm menos riscos e podem ganhar mais. Segundo o comandante, a divulgação ostensiva dos casos por moradores nas  redes sociais, ao mesmo tempo que algumas vezes ajudam nas investigações da polícia civil, geram essa sensação de insegurança.

O capitão explica que a PM está nas ruas, atuando tanto de forma preventiva quanto no atendimento às ocorrências. “Mas a população pode e deve ajudar nesse trabalho, sendo os olhos e ouvidos da política. Diante de qualquer suspeita, ninguém deve hesitar de ligar para o 190. Dessa forma, o nosso trabalho pode ser cada vez melhor”.

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