Praça no Alto da Lapa está infestada de caramujos

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Foto: David Lobão

David Lobão
Acúmulo de lixo, água e vegetais atrai os caramujos

A Praça Augusto Ruschi, no Alto da Lapa, está com o gramado infestado de caramujos. A denúncia é do morador David Lobão, que fez vídeos e fotos do local. “Contei mais de 10 bichos grandes. Estão entrando em muitas casas na região das ruas Schilling e Passo da Pátria”, alerta ele. “Infelizmente, esse é um retrato das praças do bairro”, diz.

De acordo com o biólogo Jalisson Rêgo, especialista em malocologia médica, o acúmulo de lixo ou vegetais em grande quantidade e a umidade atraem os caramujos africanos, que é um animal que se adaptou ao clima do país. De acordo com o especialista, o caramujo africano não é transmissor da esquistossomose, como muitos acreditam. “Essa doença é transmitida pelo caramujo de água doce”, explica.

Embora não seja venenoso, o molusco é hospedeiro intermediário de duas espécies de parasitas que podem causar infecções abdominal ou meningoencefálica. Por isso, o cuidado no manejo e eliminação dos caramujos deve ser redobrado. “Em caso de contato com os caramujos africanos, basta lavar bem a área com água e sabão”, orienta Rêgo.

Segundo nota enviada ao Jornal da Gente pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), órgão da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), as equipes da Vigilância Ambiental Lapa Pinheiros realizam monitoramento de áreas afetadas pela presença de caramujos africanos em praças e áreas públicas da região.

O órgão explica que durante os monitoramentos das áreas públicas, sempre que necessário, são solicitados os apoios das subprefeituras locais, para darem continuidade no manejo ambiental como a retirada de lixos, roçagem do mato, poda da vegetação arbustiva e arbórea, rastelagem do solo recolhendo folhas e outros materiais que sirvam de abrigo ou alimento para os moluscos como: húmus, frutas, folhas secas, material de roçagem e poda sempre que forem observados durante a manutenção das praças.

Já em imóveis particulares, os responsáveis recebem orientação para evitar a proliferação desses animais mantendo o quintal limpo, com mato roçado, sem entulho, sem resíduos orgânicos e sólidos, sem acúmulo de materiais como telhas, tijolos, madeiras, blocos entre outros, recolher frutas das árvores e do chão e retirar os alimentos dos animais domésticos à noite e ficam responsáveis por manter o ambiente limpo, o qual assina o documento “termo de responsabilidade”.

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