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Moradora em situação de rua (Viaduto Mofarrej – Vila Leopoldina) acusa a fiscalização da subprefeitura Lapa de intimidação. O Jornal da Gente ouviu o relato de mulheres (mães de crianças entre 10 meses e três anos) que se queixam da forma com que a Sub realiza a limpeza do local. “O ‘rapa’ vem aqui e pega nossas coisas, nossas carroças e documentos. Não deixa a gente trabalhar em paz. Acorda a gente. Acorda as crianças. E vem com o caminhão-pipa jogar água na gente”. A Subprefeitura Lapa, em nota enviada à redação informa que “este tipo de coerção, não é procedimento de parte do serviço público, em particular de nossa administração. Vale ressaltar que como houve denúncia do caso haverá apuração com a equipe que executou o serviço, reiterando a postura de abordagem em serviço. Contudo, como já é previsto e também por ordem do Ministério Público, é de extrema necessidade a realização das operações de limpeza de lixo e retirada de produtos inflamáveis sob o viaduto. Estas ações são importantes para a saúde e segurança da população”.A precária situação dos sem-teto no Viaduto Mofarrej já é de conhecimento do Conselho Tutelar da Lapa e chegou também à Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), que em nota, sem entrar no mérito da ação da Sub Lapa, afirma trabalhar diariamente com os moradores em situação de rua (ver editorial na página 2). “Sobre a família citada pela reportagem, a Coordenadoria da região reforçará o trabalho de abordagem e convencimento ao atendimento (nos equipamentos da rede social municipal)”, afirma a SMADS. Estima-se que cerca de 300 moradores em situação de rua estejam espalhados por ruas e avenidas da Vila Leopoldina, sobretudo na região da Ceagesp. (EF)
