Subgestão Haddad

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Ao nomear o economista Marcos Barreto subprefeito da Sé,  Fernando Haddad o fez como escolha pessoal. Tanto é que o nome de Barreto foi divulgado bem antes que o dos demais subprefeitos da cidade, cujas indicações seguiram um critério técnico: engenheiros e arquitetos de  carreira na Prefeitura. O secretario das Subprefeituras, Chico Macena, ao justificar essa decisão de  Haddad, afirma que o prefeito confere à Sé um status de secretaria.Caso tivessem conversado diretamente com lideranças regionais, Haddad e Macena  ficariam sabendo que também por aqui, a exemplo da Sé, a comunidade enxerga a Guaicurus, 1000, sede da Sub Lapa, não como mera esfera  de zeladoria, mas sim como órgão com funções de secretaria, com vocação para gerir serviços e, sobretudo, exercer funções de planejamento urbano.Mas essa conversa, que bem poderia ter acontecido no mês de dezembro, jamais existiu. O resultado da falta de  diálogo inicial se traduz no seguinte quadro: nomeação de um subprefeito de perfil técnico, Ricardo Airut Pradas – sobre o qual ainda não é possível fazer um juízo de valor -, que impedido de montar sua própria equipe de trabalho, a começar pela nomeação de seu chefe de gabinete, espera há quase vinte dias por novos auxiliares que serão liberados, não se sabe quando, por Chico Macena e pelo secretario de relações  governamentais, João Antônio, empenhados em montar subprefeituras sob a égide de vários  acordos políticos.   A estranha decisão da administração Haddad de deixar em segundo plano 30 das 31 subprefeituras cria situações constrangedoras. O staff do atual subprefeito da Lapa, herdado das gestões anteriores, se vê obrigado, antes mesmo de sair de casa, a abrir a edição eletrônica do Diário Oficial e ler atentamente o quadro  das exonerações.A atual gestão municipal começa a trabalhar emitindo sinais preocupantes: subprefeituras tratadas sem a devida atenção e gabinete principal da Prefeitura de São Paulo, servindo como sala de despacho do ex-presidente Lula com Haddad e secretariado. Lula sentou-se à mesa de reunião do gabinete do prefeito não numa visita de cortesia, mas num encontro de trabalho, com direito a firmes recomendações a Haddad e equipe. A foto do encontro correu País afora e causou  estranha e desconfortável impressão, captada assim  pelo vereador tucano Andrea Matarazzo, membro do G-19. “Haddad é o primeiro subprefeito de Lula”. 

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