Otimismo à prova

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Quem está minimamente envolvido com lutas comunitárias deve estar, no pós-eleição, especulando o que o futuro nos reserva. Natural, portanto, que este tema tenha sido a pauta dominante de nossas conversas nesta semana. Além dos receios que uma administração petista causa numa comunidade majoritariamente tucana, alguns fatos que se revelaram imediatamente à contagem dos votos merecem atenção especial. O principal deles se refere à esperteza ou traição do prefeito Kassab –  ponto de vista que depende da posição do interlocutor no espectro político – no seu imediato alinhamento à nova administração. Adesão que, para alguns, já teria ocorrido logo após o primeiro turno, indício de que casos como o fechamento da unidade de saúde de Vila Anastácio, por exemplo, fariam parte deste acordo para desgaste da candidatura tucana. Um caso local, entre muitos outros em diferentes setores da administração e em outras regiões da cidade, dá a dimensão exata do que estes acordos, em nome da governabilidade, podem causar como conseqüências para uma comunidade.Outra questão relevante, em que parece haver consenso, é de que o PT não deve abrir mão das subprefeituras, o que reduziria a disputa local aos grupos dos deputados Newton Lima, federal, e Luiz Claudio Marcolino, estadual.Com relação ao comportamento da Câmara Municipal, onde pesam suspeitas de que o acordo de Kassab incluiria a adesão dos vereadores de sua base, é de se esperar pouca oposição. Indagado sobre o que nos aguarda, respeitável vereador reeleito foi lacônico: “Não muda nada”.O que não faltará na mesa do almoço com os eleitos, nesta segudna-feira, é tempero para a conversa. Apenas acrescentaria, numa carinhosa lembrança do nosso querido amigo Nereu Mello: precisamos ser otimistas, sempre. 

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