Rever a segurança

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A Zona Oeste volta a ser manchete quando o assunto é segurança pública. Na vizinha Pinheiros, choca o erro fatal da PM na morte do publicitário Ricardo de Aquino, após supostamente fugir de uma abordagem policial e ser atingido por tiros policiais na Avenida das Corujas.  
Já na nossa região, se não bastasse o rotineiro cenário de furtos de veículos e assaltos ao comércio, incluindo aí bares, a ousadia dos bandidos agora chega aos pés da Santa Cruz, onde a vítima é a paróquia São João Maria Vianney. Ao invadirem, na quarta-feira, a igreja da Praça Cornélia, os marginais levaram computadores da secretaria paroquial. Acredita-se que essa mesma quadrilha seja a autora do furto a uma academia do bairro, na própria quarta-feira. 
Sabemos que tanto a PM quanto delegados e investigadores não medem esforços para coibir a criminalidade. Mas ainda lhes faltam recursos humanos e materiais para atender às demandas de bairros em franco crescimento. 
A carreira de policial militar tem alta demanda, mas o comando da PM esbarra num problema que se revela crônico: a esmagadora maioria dos que se apresentam como candidatos não possui nível cultural e psicológico para preenchimento das vagas. Esse fato. em si, já nos dá uma idéia da dificuldade da corporação em estruturar seus efetivos.
Não é novidade que os quartéis da PM e delegacias sofrem com graves problemas de estrutura operacional: falta viaturas, inadequação da rede de informática, homens em quantidade insuficiente etc. 
Tudo isso é motivo de um amplo debate que, por inúmeras razões, deixa de ser feito no fórum próprio para tanto: os Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs). Com uma nova diretoria no Conseg Leopoldina e uma possível mudança radical na gestão do Conseg Lapa, é importante que, coletivamente e em estreito diálogo com a PM e Polícia Civil, encontremos saídas para enfrentar problemas de criminalidade na região, o que coloca na roda de debates também o Conseg Perdizes (Pompeia).
Em vias como a Doze de Outubro, Clélia, Francisco Matarazzo e Schilling, onde é grande o volume de gente circulando a pé ou de carro, é imprescindível a colocação de câmeras de vigilância. Logo mais, a Pompeia verá surgir a Arena Palmeiras, ao mesmo tempo em que avançam obras de dezenas de torres na gleba Telefônica, região da Avenida Marquês de São Vicente. 
O cenário atual e futuro não podem prescindir de uma revisão das estruturas de policiamento preventivo e investigativo.

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