Operação de Limpeza tira moradores de calçada

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Ruas da Leopoldina têm 66 moradias improvisadas nas calçadas da região

A Inspetoria Lapa da Guarda Civil Metropolitana e a Subprefeitura Lapa fizeram uma operação de limpeza na calçada da Rua Ariovaldo Silva, ao lado do portão 10 da Ceagesp, com o apoio da Polícia Militar. Segundo a inspetora da GCM Lapa, Thais Helena Cardoso de Lima, a ação atende a denúncias recebidas ma reunião do Conseg Leopoldina e também ao Ministério Público que deu 30 dias para resolver as irregularidades na região. “Tivemos uma solicitação do MP e entramos em contato com a Subprefeita para uma ação conjunta. Antes a gente conversou com a Supervisora de Assistência Social da Lapa (Cleide Leonel), avisando da ação. O objetivo é diminuir a criminalidade, dar segurança à comunidade do entorno e fazer com que os moradores de rua aceitem o auxílio (albergue e tratamento de saúde) oferecidos pela Prefeitura, afastando-os das drogas (crack)”. 

Um homem, que pediu para não ser identificado, disse que ajuda os moradores de rua e questionou a ação. “Por que primeiro não perguntar se eles querem ir para uma clínica de recuperação. Do jeito que aconteceu, eles saem e depois voltam”. Ele também reclamou a ausência da assistente social para dar um encaminhamento às pessoas desalojadas. “É muito fácil retratar que a gente está em um lugar impróprio. A gente fica aqui por que não tem outra opção”, declarou outro homem que morava em uma das cerca de 40 barracas usadas como moradia improvisada na rua apontada como  reduto do uso de drogas. “Eles são doentes e precisam de ajuda”, dizia o homem que ajuda os moradores. 

A supervisora de Assistência Social da Lapa, Cleide Leonel, informa que o serviço de abordagem é diário na região. Em 4 de março sua equipe visitou o local. “Atendendo a solicitação do CRAS Lapa, a partir da definição de uma ação de Limpeza Urbana, reforçamos a orientação aos moradores para que recolhessem seus documentos e objetos pessoais para que não os perdessem em decorrência da ação”. A equipe passou pelas região ruas Ariovaldo e Othão, Avenida Gastão Vidigal, Praça Mario Saad, Rua Manuel Bandeira, Rua Baumann; Rua Xavier Krauss e Rua Froben para comunicar aos moradores instalados nas ruas. A área abriga um total de 66 moradias improvisadas, com cerca de 100 pessoas”. Segundo a supervisora, durante a abordagem são oferecidos os serviços da rede de proteção social (abrigo e os serviços de abordagem) destinados a pessoas em situação de risco pessoal e social. O problema é que o morador de rua não aceita deixar a família para ir para albergue e fica pelas ruas. 

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