“Brasil, País do Futuro”

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A Segunda Grande Guerra projetou o Brasil no cenário mundial. Muito antes disso, o Brasil já acreditava no seu grande destino!
Naquele tempo eu já declarava Olavo Bilac: “Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste. Criança, não verás país nenhum como este!” Dele, também. “por ser de minha terra é que sou nobre! Por ser de minha gente é que sou rico!” Nessa época li e adorei “Por que me ufano de meu país!”, de Afonso Celso. Li Goncalves Dias e decorei vários de seus poemas, inclusive, “A Canção do Tamoio”, que recitava para minha mãe e irmãos: “Não chores, meu filho, não chores, que a vida é luta renhida. Viver é lutar. A vida é combate, que os fracos abate, que os fortes, os bravos, só pode exaltar!” Até hoje eu digo de cor esse poema, nas minha caminhadas de velho solitário.
Em 41, a nossa família ganhou um milagre: a Wilma teve paralisia infantil. Caso perdido: só andaria com ferros nas pernas. Minha mãe falou com Jesus e ele a ouviu. A menina voltou a ter pernas perfeitas. Minha mãe foi a pessoa de fé absoluta que jamais encontrei outra nestes 83 anos de vida!! 
Em 1942, Stefan Zweig, escritor austríaco, famoso, fugindo de Hitler, encontrou refúgio em nossa terra. Tão encantado ficou que escreveu uma de suas obras mais conhecidas: “Brasil, País do Futuro”. Neste ano, entramos na guerra.
Em 1943, abriram-se duas vagas no Ginásio do Estado, para o 4º ano. Concorri e ganhei uma. Trote duro dos veteranos, mas aguentei e sendo estudioso deixei-os para trás e ganhei-lhes respeito! Terminei o Ginásio em 1944!! 
E, agora, Nereu?
Achar emprego… O Brasil é o país do futuro! O país da esperança!

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