O abastecimento de alimentos do Estado de São Paulo está atendendo a demanda normalmente. Apesar da proposta do governo ter sido aceita por representantes dos caminhoneiros, na quinta-feira, a paralisação em rodovias permanece causando transtornos no abastecimento do Entreposto (da Ceagesp). Os comerciantes mantêm um estoque e estão conseguindo atender aos pedidos realizados tendo em vista que o volume de comercialização é menor na última semana do mês e já estavam previamente negociados.
Devido à greve, houve baixa oferta esta semana de algumas frutas vindas do Norte/Nordeste e Centro-Oeste, como por exemplo: melão, mamão, melância, abacaxi e côco verde. Porém, alguns motoristas têm feito rotas alternativas e estão conseguindo repor os produtos. Para evitar prejuízos, não há negociações para venda de mercadorias à região Norte/Nordeste, aumentando assim, a oferta de produtos aos consumidores locais.
A produção paulista supre a CEAGESP com 60% dos hortifrutis e 40% das frutas. Um dos produtos que podemos assegurar que aumentou consideravelmente foi o tomate, que varia entre R$ 70 e R$ 80 a caixa com 20kg, segundo um de nossos permissionários. Os prejuízos causados por esse impasse se referem a perda de mercadorias durante o trajeto e qualidade inferior das frutas e legumes. A Ceagesp ainda não divulgou oficialmente os impactos desta greve no faturamento do Entreposto.
José Luiz Batista é diretor presidente do Sincaesp –Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado de São Paulo