Com a matéria “Crise ameaça Sorocabana”, publicada na edição de 25 de fevereiro de 2006, teve início uma série de reportagens do Jornal da Gente sobre os destinos do hospital da Rua Faustolo, que acabou fechando suas portas em setembro de 2010 e, agora, nas mãos da Prefeitura irá retomar suas atividades.
Após denúncia do JG sobre a precariedade do funcionamento do setor de lavandeira, em julho de 2008, que a Secretaria Municipal de Saúde entrou, definitivamente, no ambiente do Sorocabana. A partir desse movimento da Prefeitura, cresceu o engajamento comunitário na luta para que o Sorocabana deixasse de ser um hospital beneficente – nas mãos de uma entidade sobre a qual recaia suspeita de fraude administrativa – e se transformasse em hospital público municipal.
O envolvimento comunitário teve a participação decisiva das seguintes entidades: Consabs Lapa e associações amigos de bairro (Ipojuca, Humaitá, Romana, Alto da Lapa, Lapa de Baixo, Leopoldina), ACSP-Lapa, Ciesp Oeste, OAB-Lapa, Associação dos Advogados da Lapa, CPP, Rotarys (Lapa, Jaguaré e Alto da Lapa) e Benfeitora Jaguaré. Empresas comerciais, industriais, escolas e estabelecimentos de ensino superior da região também entraram na campanha pró-Sorocabana municipalizado. Um abaixo-assinado, nesse sentido, mobilizou a comunidade, no ano passado, contando inclusive com o apoio e empenho individual de moradores como Maria Aparecida Canhadas Bacheschi. Ao todo, foram recolhidas 3 mil assinaturas entregues ao Secretário Municipal da Saúde, Januário Montone.
A articulação da comunidade chegou também ao mundo político. Os vereadores Claudinho (PSDB), Paulo Frange (PTB) e Natalini (PSDB) foram os responsáveis por uma articulação direta com Montone, que assumiu o compromisso da municipalização durante evento (À Mesa com Empresários) promovido pelo Jornal da Gente em 17 de maio de 2011.
Em março do ano passado, o vereador Carlos Neder do PT, iniciou uma ampla mobilização em favor do Sorocabana, acompanhado de perto pelo deputado estadual Luiz Claudio Marcolino (PT). Ambos organizaram ato público, no qual foi lançado um apelo direto ao governo de São Paulo para a retomada da posse do Sorocabana e posterior municipalização do mesmo. Outros vereadores como Aurélio Nomura (PV) e Eliseu Gabriel (PSB), também se mostraram solidários à causa comunitária.