Sem teto são retirados de calçada na Leopoldina

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Passeio ficou liberado para o trânsito de pedestres

Numa operação comandada pela Guarda Civil Metropolitana (GCM), os barracos que ocupavam a calçada da Rua Dr.Seidel, na Vila Leopoldina, foram retirados, com a consequente liberação do passeio público. Participaram da remoção 70 homens da GCM, comandados pela inspetora regional Lapa Sandra Perticarrari, além efetivo da Polícia Militar, Polícia Civil e equipes da Sub Lapa, Coordenadoria Regional de Assistência Social e Conselho Tutelar. “No diagnóstico observamos que havia 36 pessoas todas elas devidamente cadastradas, com perfil de usuários de entorpecentes, e álcool”, explica a inspetora via e-mail. “O local era ponto de crime de tráfico e uso de drogas, prostituição, bem como de outros crimes, pois a maioria das pessoas tinha passagem na polícia, ou condenação por crimes, como: homicídio, roubo, furto, entre outros, porém, não havia nenhum procurado”.

Foram retirados 20 barracos somente na Rua Dr. Seidel e mais 11 nas vizinhanças. “De todas as pessoas cadastradas, somente 18 ainda estavam no local, sendo que três foram encaminhados ao abrigo de assistência social. O restante que não aceitou nenhum tipo de encaminhamento evadiu-se para lugar incerto, uma vez que alguns tinham moradia fixa”, explica a inspetora Sandra.

A secretária de Assistência Social e vice-prefeita de São Paulo, Alda Marco Antonio, ao visitar a Rua Dr.Seidel, a convite da redação do Jornal da Gente, semanas atrás, havia prometido encaminhar solução de parceria para esse grave problema social. Alda afirmou que articularia diálogo com outras secretarias municipais e entidades comunitárias como Ciesp Oeste, ACSP-Lapa e OAB-Lapa, de modo a buscar soluções para uma efetiva reintegração social dos excluídos.

Posicionamento oficial

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana, via e-mail, esclarece que o “Programa de Proteção às Pessoas em Situação de Risco é uma das ações prioritárias da Guarda Civil Metropolitana. O objetivo é identificar os moradores em situação de rua e orientá-los para que não fiquem em lugares impróprios para sua saúde e integridade física”.

Segundo a nota, “na ação específica questionada, foi oferecido atendimento especializado, nas unidades municipais da Saúde e da Assistência Social, mas só três pessoas desejaram o atendimento. Somente quem aceita é encaminhado ao serviço social da Prefeitura. Os órgãos atuam com base nos direitos humanos”.

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informa que a Rua Dr. Seidel, na Vila Leopoldina, pertence à área de abrangência dos trabalhos da Unidade Básica de Saúde (UBS) Parque da Lapa. A UBS possui uma equipe de Estratégia Saúde da Família (ESF) Especial, que trabalha especificamente com a população em situação de rua.

O Jornal da Gente perguntou à Secretaria Municipal de Assistência Social porque a operação na Leopoldina não caminhou no sentido das parcerias prometidas pela secretária Alda. Nenhuma resposta foi dada até o fechamento desta edição, na noite da sexta-feira, 8.

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