Alunos e ex-alunos da Escola Estadual Anhanguera querem recuperar o prédio tombado em 2002 pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) e em 2009 pelo Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de São Paulo), para a comemoração dos 100 anos do imóvel.
Abílio Tastaldi é um dos ex-alunos da escola. Ele se tornou um empresário bem sucedido do ramo automotivo e acredita que a base desse sucesso foi o colégio Anhanguera. “Fiz ginásio e colégio lá”, diz ele preocupado com o destino do prédio, sede da escola. “Estudar no Anhanguera era muito difícil. Hoje a escola está caindo aos pedaços”, lamentaTastaldi. “Precisamos recuperar esse prédio”.
O imóvel está com vários problemas. Muitos alunos não deixam as bolsas nas salas por falta de fechaduras ou pedaço nas portas. Os vitrais com vidros quebrados e telhado danificado estão entre os problemas apontados pela comunidade estudantil. O estudante do 2º Ano, Gustavo Henrique da Silva, lamenta o abandono do prédio histórico. “São feitos apenas remendos emergenciais porque a escola não recebe verba para restauração completa”.
História
O empresário e historiador José Carlos de Barros Lima lembra a importância do prédio, sede da Escola Estadual Anhanguera. “Em 1911 a Diretoria de Obras do Estado de São Paulo contratou o arquiteto italiano João Bianchi para fazer o projeto de um modelo de escola. Foi uma planta que serviu para todos os grupos escolares da época. Em 1912 foi inaugurado o prédio. A estrutura arquitetônica é a mesma da época, daí a razão dele ter sido tombado. Em 1957 foi feita a troca de prédios, a Escola Anhanguera foi para a Rua Antonio Raposo e a Pereira Barreto para a Rua Clélia”, revela o pesquisador.
Resposta
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informa que a reforma geral do prédio está em fase de elaboração do projeto, que depois de concluido passará pela aprovação do Conpresp e Condephaat, sem previsão para início das obras. Mas o órgão comunica que ainda este mês (junho) começa uma obra de reparo, que dispensa a aprovação do Condephaat e do Conpresp, na cobertura, portas e sanitários, orçada em R$ 14 mil.