Ações e reflexões

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Num mês marcado por inúmeros eventos, vale a pena comentar algo em particular no tocante a uma importante iniciativa que este ano se repete: o Ação Lapa, grande mutirão regional (perímetro da Subprefeitura da Lapa) de inclusão e cidadania criado em 2009, no âmbito comunitário.
Como é comum em qualquer nova iniciativa – e com um ano de atividades registradas, o programa se apresenta em plena infância – o Ação Lapa passa e ainda passará por muitas mudanças e adaptações, num natural processo de maturação.
Tal amadurecimento começa pelo correto entendimento do que significa esse mutirão cidadão e includente. Não se trata apenas de colocar em evidência importantes e significativas ações sociais de entidades corporativas/associativismo de bairro e empresas da região. O horizonte do Ação Lapa vai além disso: a partir de tais trabalhos voluntários, o objetivo central é contar com a participação de ONGs e entidades beneficentes (atuantes na região da Sub Lapa) no projeto. O que se busca aqui é criar sinergias capazes de construir uma verdadeira e sólida rede social, potencializando, assim, cada iniciativa inserida no contexto do Ação Lapa, cujas jornadas de outubro são apenas pontos de partida (e não o fim) de diferentes etapas do projeto.
Essa mensagem parece ainda não ter sido captada nem pelas ONGs nem pelas entidades filantrópicas, mesmo após a realização, em agosto deste ano, da Feira Ação Lapa, onde tais instituições estavam no centro das atenções. Um dos objetivos da Feira, que teve como palco o Parque da Água Branca, era atrair essas entidades para a proposta do mutirão deste mês de outubro, inserindo-as por completo no contexto do Ação Lapa. Essa inserção poderia ser tanto ativa – com ONGs e entidades filantrópicas à frente de um projeto específico (novo ou já em andamento) – ou passiva, com tais instituições sendo beneficiadas por ações de empresas e associações corporativas/associativismo de bairro.
Fazer com que essa filosofia chegue corretamente ao conhecimento do público-alvo parece ser, no momento, o grande desafio do Comitê Gestor deste programa comunitário. O primeiro passo, neste sentido, passa por mecanismo de difusão da idéia, como a incorporação de um selo Ação Lapa em cada evento de inclusão e cidadania organizado por quem já aderiu à iniciativa.Um segundo momento que se mostra necessário é o contato direto e individual com o público-alvo a ser sensibilizado.
As jornadas do mutirão do mês de outubro (destacadas em reportagem nesta edição) nos mostram que o Ação Lapa é uma proposta viável e cheia de enormes potencialidades a serem exploradas e desenvolvidas, o que parece ser consenso entre os membros do Comitê.

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