De acordo com levantamento feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e Centro de Estudos Rurais e Urbanos (Ceru) a pedido da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, a cidade conta, hoje, com 13.666 pessoas vivendo em situação de rua (albergues e ao relento). Em 2000, esse número era menor: 8.706, o que significa um aumento de 57% no espaço de uma década.
Nos 40,1 Km² da Subprefeitura da Lapa a população que vive e dorme nas ruas chega a 369 pessoas, espalhadas pelos seis distritos regionais.
A Vila Leopoldina lidera o ranking local dos excluídos, com 149 indivíduos morando em ruas como Nassib Mofarrej e Dr. Seidel.
Já o Albergue Zancone, também na Leopoldina, acolhe 117 pessoas (todas do sexo masculino), que passando o dia nas ruas procuram um abrigo municipal durante à noite.
Segundo a sondagem, em toda a cidade, 62% das pessoas em situação de rua ganham a vida atuando na coleta de materiais recicláveis. Já em relação à dependência química, drogas, 25,6% disseram não usar drogas ou álcool; 37% consomem bebidas alcoólicas; e 27,7% fazem uso de drogas e álcool. O crack é a substância química mais usada (27,3%), seguida de maconha (21%) e cocaína (11,8%). No quesito idade, o levantamento da Fipe no âmbito municipal aponta que 448 (6,7%) crianças/adolescentes vivem em situação de rua, o mesmo acontecendo com 503 idosos (7,7%).