Parceria bem sucedida

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É digno de nota, e leia-se positiva, a iniciativa conjunta envolvendo Subprefeitura da Lapa, Polícia Militar e empresários na busca de caminhos comuns para reordenar e revitalizar a região mais movimentada do centro comercial da Lapa (Rua Doze de Outubro e transversais, Rua Cincinato Pomponet, Praça Melvin Jones, Rua John Harrison, entre outras áreas).
O projeto em execução não deve ser olhado apenas pelo prisma da reordenação do comércio ambulante – que agora passa a ser fiscalizado por ronda permanente da Polícia Militar -, mas sim a partir de um ângulo bem mais amplo: a transformação do espaço urbano.
A ocupação disciplinada das ruas pelos camelôs é apenas a primeira etapa do processo de reurbanização que prevê um grande pacote melhorias, começando pela Doze de Outubro (ampliação de calçadas, reformulação na rede de fios da Eletropaulo, implantação de novo mobiliário urbano, entre outras ações) e chegando também ao perímetro do Mercado da Lapa.
Nesse contexto vale destacar a posição ativa da Distrital Lapa da Associação Comercial de São Paulo, que nos últimos anos não tem medido esforços na luta pela viabilização de um programa de revitalização de uma das mais movimentadas ruas da capital. Na atual etapa de mobilização, dirigentes da entidade conseguiram sen-
sibilizar um parceiro de peso, o Bradesco, cuja Diretoria Regional Lapa – responsável pelas operações do grupo nas Zonas Norte, Sul e Oeste da capital, além municípios da Grande São Paulo (Osasco, Barueri entre outros) – tem sede na própria Doze de Outubro.
Também merece elogios, a firme determinação do subprefeito Carlos Fernandes em acolher a demanda dos empresários e sinalizar positivamente a proposta de formalização de parceria entre empresários e Prefeitura.
Ambos os parceiros têm um grande desafio pela frente: a sensibilização do pequeno comércio da Doze de Outubro que, costumeiramente, não se mostra muito disposto a participar de iniciativas desse tipo. Em 2005, quando se discutia a reforma das calçadas, a adesão a esse projeto foi pequena, mesmo sabendo-se que a conservação do passeio público é responsabilidade do proprietário do imóvel. Como na Doze, grande parcela dos empresários paga aluguel pelo ponto comercial, a interlocução capaz de viabilizar a participação dos locadores implica em esforços redobrados.
Mas dada a determinação da Prefeitura e ACSP-Lapa em revitalizar o centro comercial lapeano, esse objetivo não parece distante de ser alcançado.

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