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Publicamos trechos da carta endereçada à
redação Gente pela presidente da Associação Amigos de Vila Pompeia,
Maria Antonietta Lima e Silva, que comenta situação do bairro em mais
uma temporada de chuvas.
“(…) Há 8 anos. na gestão do subprefeito Adauto Durigan, foi
realizado um estudo sobre a canalização do córrego da Água Preta que
causa as enchentes da Pompéia. Nessa época, o estudo mostrou o estado
da canalização do córrego, sua extensão (4,5 km, da Cerro Corá ao Rio
Tiete) e a velocidade da água. Em 1965 quando ele
canalizadorecariamente, as ruas eram em parte de terra e haviam poucas
bocas-de-lobo, que até hoje são as mesmas. As ruas foram asfaltadas e
as calçadas também. Hoje a água corre sobre o leito das ruas, já que a
canalização está totalmente entupida e deteriorada e de pequeno porte
para a atual demanda”
“Os recursos na época oferecidos pela empresa que fez o estudo da
canalização do córrego eram bocas-de-leão e pequenas piscinas ao longo
do córrego novamente canalizado, para absorver o excesso de água até se
dar a vazão total da água. Esse projeto e mais um outro anteriormente
feito, custaram a quantia de R$ 1 milhão na época , isto há 8 anos
atrás onde tínhamos apenas 10 milhões na caixa da Emurb (hoje são R$ 72
milhões referente a contrapartidas da Operação Urbana)”.
Emurb em xeque
“A execução do projeto na época, segundo dados levantado pela
Associação Amigos de Vila Pompéia, custaria R$ 18 milhões. Só que a
EMURB fez uma audiência publica e apresentou seu preço: R$ 45 milhões.
Não saiu a canalização. Não tínhamos dinheiro na época. E de lá para cá
nada saiu. As construções cresceram , o dinheiro cresceu e as
inundações também. Nada disso sensibilizou a EMURB nem o sr. Prefeito.
Estamos em ano eleitoral e há outras prioridades”.
“A EMURB (2009) finalmente resolveu fazer uma licitação para 11 obras,
incluindo a drenagem das áreas de inundação. Calçadas, arborização etc.
Só que fez um bloco só e quem faz canalização não faz calçadas e
arborização. Era preciso uma grande empresa que globalizasse tudo.
Muitas Empresas especializadas desistiram. Veio a licitação e ganhou
uma empresa do Jaraguá de porte médio, que nunca fez um piscinão”.
“Procuramos pelo Diretor de Obras da EMURB e pedimos para ver os
projetos já que pela Lei da Operação Urbana Água Branca a Sociedade
Civil Organizada, tem o direito de acompanhar passo a passo cada ato da
Operação. Ao perguntarmos sobre os projetos, o Diretor nos apresentou
apenas um desenho onde mostrava o local das obras. Ao perguntarmos
sobre a canalização do córrego da Água Preta, já que tínhamos dois
projetos prontos, ouvimos, pasmos que ‘os projetos não haviam sido
encontrados e que ele havia contratado um engenheiro para fazer um novo
projeto’ ”.
“Isto é um absurdo, um abuso de poder, um falta de responsabilidade com
a população. Deixamos por escrito que gostaríamos de ver os projetos e
jamais obtivemos resposta”.
“Onde estão os 8 vereadores mais votados da região da Lapa? Será que só
voltarão aqui as vésperas de eleição para pedir votos? O sr.Prefeito,
se tivesse um pouquinho de tempo para nossa região, poderia equacionar
facilmente nosso problema mandando cumprir a Lei e dando ao povo o que
é do povo”.
