Na terça-feira, 12, o Conpresp,
 órgão responsável pela preservação do patrimônio municipal, decidiu
 tombar 17 imóveis na Subprefeitura da Lapa (ver box). Outras 23
 edificações candidatas à proteção oficial do município ficaram fora do
 tombamento e 12 ainda esperam decisão, prevista para este mês. Ao
 analisar a decisão do Conpresp, partindo da perspectiva da preservação
 do patrimônio e da futura configuração do espaço urbano, Ros Mari
 Zenha, integrante do Movimento de Oposição à Verticalização Caótica
 Região da Região da Lapa (Mover), levanta questionamentos. “São 17
 imóveis que foram tombados e contarão com total apoio de toda
 sociedade, pois são casos de relevância histórica. Alguém se colocaria
 contra o tombamento de escolas, igrejas, pólos culturais, residências
 de poetas? Mas e os 21 restantes? Quais as justificativas técnicas para
 excluí-los?”
 Ros Mari lembra que a maior parte dos bens excluídos (galpões e
 casarões da primeira metade do século passado) fica na Lapa de Baixo,
 Vila Anastácio e Lapa, nos arredores da área objeto de futura
 revitalização urbanística, transição entre duas Operações Urbanas:
 Leopoldina-Jaguaré e Água Branca. Se por um lado a comunidade comemora
 o tombamento de edfifícios importantes como a sede da Banda Operária da
 Lapa, por exemplo, fica no ar um sentimento de indignação pela exclusão
 do Quartel do Exército na Vila Anastácio da relação de bens tombados.
 De acordo com parecer do Departamento de Defesa do Patrimônio Histórico
 de São Paulo (DPH), não existem razões que sustentem o tombamento. Tal
 avaliação foi julgada procedente pelo Conpresp. “O DPH chegou a afirmar
 que leva em conta fatores não materiais quando avalia se um imóvel deve
 ou não ser tombado. Pois bem. Seria importante que a Prefeitura
 soubesse que a comunidade tem com o Quartel da Vila Anastácio uma
 ligação afetiva de amizade e de reconhecimento da importância dos
 militares na sociedade brasileira”, afirma o presidente do Conselho das
 Associações Amigos da Lapa e Região (Consabs), José Benedito Boneli
 Morelli. O JG quis saber do Conpresp, por qual razão o quartel deixou
 de ser tombado, mas até o final do fechamento desta edição não havia
 recebido resposta parte do órgão municipal.
O que foi tombado
Igreja São João Maria Vianney, Igreja Nossa Senhora da Lapa, Colégio
 Guilherme Kuhlmann, Escola Estadual Pereira Barreto, Colégio
 Anhanguera, Estação Ciência Lapa (USP), Sesc Pompéia, Mercado Municipal
 da Lapa, Casa Sede da Corporação Operária Musical da Lapa, Casarão de
 Henrique Dumond Villares, Casa de Guilherme de Almeida, Edifício do
 Instituto Rogacionista, Fachada da antiga fábrica de tubos de barro na
 Avenida Santa Marina, Fábrica da Companhia Melhoramentos (somente parte
 da construção existente na esquina da rua Tito com rua Spartaco), três
 galpões da antiga Cooperativa Agrícola de Cotia, Edifício galpão
 industrial na rua Padre Chico e o Viaduto General Olímpio da Silveira
 (Viaduto Pacaembu).
 
  
 


































