Segurança instável

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No contexto do arrastão em condomínio na
Vila Leopoldina, faz sentido o que diz o delgado do 91º Distrito
Policial (Vila Leopoldina), sustentando que bandido age em áreas
onde    existe patrimônio de valor. Tal afirmação torna-se ainda mais
preocupante quando é evidente que a política estadual de Segurança
Pública não atende às expectativas e necessidades da população.
Em nossas delegacias faltam recursos humanos (internos e de
investigação), pátios viram estacionamento de viaturas sucateadas e a
informatização é precária. Além disso, a dança das cadeiras impede
qualquer planejamento de médio prazo. No 91º DP, por exemplo, de 2005
até hoje foram registradas sete trocas no que se refere ao posto de
Delegado Titular. Poupemos delegados, escrivães e investigadores.
Cobremos quem está acima deles: o delegado Seccional Oeste e o
secretário de Segurança Pública
Nos postos de comandos da Polícia Militar na região, o quadro não é
diferente. O número de homens e a quantidade de viaturas são mantidos
em sigilo, mas é possível dizer, com base no trabalho de apuração feito
pela reportagem deste jornal, que esse nível de policiamento é
insuficientemente para atender a dinâmica de bairros em
transformação.Também na PM, a Secretaria de Segurança Pública banca uma
inaceitável dança das cadeiras. De setembro de 2008 até julho de 2009,
passaram pelo comando da 2ª Companhia do 4º Batalhão quatro oficiais
(capitães), o que compromete o planejamento e estratégias de
policiamento preventivo. Não é à toa que a Leopoldina sofre com
assaltos e roubos freqüentes, além de ações mais violentas com fim mais
trágico para as vítimas.
Mesmo onde há uma certa estabilidade no que tange ao comando de uma
unidade da PM, caso da 1ª Companhia responsável pelo policiamento da
Lapa e Vila Romana, o quadro é preocupante. Moradores e comerciantes
não param de se queixar da onda de violência contínua, com roubos e
furtos de carros, assalto a residências e lojas além de homicídios.
Mais uma vez poupemos os policiais. A cobrança tem que ser feita nos
escalões superiores nomeados pelo governador José Serra: alto comando
da PM e, mais uma vez, Secretaria da Segurança Pública.
Mas não se trata de uma cobrança aleatória ou individual. Para mudar
esse quadro que tanto nos preocupa e amedronta, é preciso uma ação
comunitária conjunta que una o associativismo regional e associativismo
corporativo na luta por bairros mais seguros. Infelizmente tal cenário
ainda faz parte do reino da utopia.

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