Foto:
Pressionado pela comunidade e
por setores empresariais, o governo Kassab resolveu abrir o cofre da
Empresa Municipal de Urbanização (Emurb) e usar os mais de R$ 50
milhões arrecadados em contrapartidas no âmbito da Operação Urbana Água
Branca, aplicando-os em obras na região da Francisco Matarazzo.
Entre os projetos em licitação estão a construção de um piscinão na
região da Avenida Francisco Matarazzo (como forma de resolver o
problema das enchentes), o alargamento da Rua Pedro Machado e um
retorno no Viaduto Pompéia aliviando o fluxo viário numa área de
constantes congestionamentos. “Finalmente nossas reivindicações foram
ouvidas”, comemora a presidente da Associação Amigos da Vila Pompéia,
Maria Antonietta de Lima e Silva. “Nunca aceitamos a conduta da Emurb
em aplicar o dinheiro, ao invés de investir em melhorias urbanas”,
acrescenta Antonietta.
Para a construção do piscinão foram destinados R$ 17 milhões. Também
serão investidos R$ 7 milhões em habitações de caráter social. Para
cumprir o plano viário, um posto de gasolina e imóveis comerciais na
região de confluência da Avenida Francisco Matarazzo, Rua Clélia e Rua
Carlos Vicari serão desapropriados.
Segundo a Sub Lapa, outra intervenção possível depende de acordo com o
Shopping Bourbon, de modo que os reservatórios construídos pela empresa
possam se conectar com nova rede de captação de águas pluviais da
Prefeitura (a Prefeitura promete reforma das atuais galerias).
O Movimento Defenda São Paulo, que sempre se posicionou criticamente em
relação ao comportamento da Emurb ao longo dos últimos 15 anos na
administração da Operação Urbana Água Branca, faz ressalvas ao pacote
apresentado. “Obras que não estavam previstas no plano original da
Operação Urbana precisariam ser encaminhadas legalmente, embora
reconheçamos que elas são necessárias”, afirma a arquiteta Lucila
Lacreta.
O grupo de oito vereadores engajados com questões da região da Sub Lapa
acaba de propor a criação de um Conselho Gestor no âmbito da Operação
Urbana.
