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O próximo dia 1º de Dezembro
marca o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, mas segundo a coordenadora
da Casa de Guadalupe, Eliana Damásio, o preconceito ainda é grande.
Segundo ela, algumas pessoas ajudam mas evitam o contato com a
realidade das doze mulheres portadoras da doença que vivem na casa.
Talvez por falta de coragem ou até mesmo por preconceito.
Terezinha é uma das pacientes. Basta dizer que terá visita que ela
corre para passar seu batom. Apesar de estar em uma cadeira de rodas,
ela não se dá por vencida. Nem a dura realidade da doença lhe tirou a
vontade de viver. Assim como ela, as demais pacientes da instituição
contam com acompanhamento de uma equipe do Hospital Emílio Ribas com
apoio de enfermeiras, cozinheiras e faxineiras contratadas pela
Associação Reciclázaro, ligada a Paróquia São João Maria Vianney do
padre José Carlos. “Quem trabalha aqui, faz tudo com muito amor. Depois
que você entra, dificilmente consegue sair. Você se apaixona pela
causa”, revela Eliana.
A auxiliar de enfermagem, Inês da Conceição Macena, está há cinco anos
na instituição e conhece bem cada uma das mulheres mantidas pela casa.
“Algumas se recuperaram, casaram ou voltaram a morar com a família”,
conta ela.
As pacientes em geral são debilitadas, em cadeira de rodas ou acamadas.
“O tratamento é muito intenso e difícil, com feridas. Sempre precisamos
de material de limpeza para manter tudo limpo e esterilizadas”, comenta
ela. Mas a verba enviada pela Prefeitura, uma média de R$ 300,00, não
cobre os gastos. “Cada paciente custa cerca de R$ 2000,00 ao mês para a
instituição”, revela.
Referência na acolhida de mulheres portadoras do vírus HIV/Aids, a Casa
sobrevive de doações e de eventos para sua manutenção. Os interessados
em doar alimentos, materiais de limpeza e higiene pessoal e dinheiro
para ajudar no pagamento dos funcionários podem se dirigir à Rua
Vespasiano, 592, ou entrar em contato pelo telefone 3875-7204.
