Foto:
Muitos moradores, motoristas e
principalmente comerciantes da região da Pompeia ficaram com os
prejuízos causados pela forte chuva que caiu último dia 7. Entre as
regiões mais afetadas está a Pompéia.
O grande volume de água desceu a Avenida Pompéia, ganhou força e
invadiu lojas como a Americanas, Barred`s Versatti e Word Tennis, além
de outros comércios, casas e escritórios da Rua Venâncio Aires. Algumas
famílias perderam mobília e eletrodomésticos. A enchente também
arrebentou portas de aço e vitrines, carregando produtos e manequins.
Na Venâncio Aires, um dos pontos críticos da região, veículos foram
arrastados. “No sábado a água da chuva cobriu o orelhão”, lembra o dono
de uma fábrica de bolsas, Carlos Gomes.
Já José Junior, dono de uma loja de roupas, perdeu tudo. Até os
manequins e as roupas das prateleiras foram levados na enxurrada. “O
prejuízo é de aproximadamente R$ 6 mil”, contabiliza o comerciante.
Ao desembocar nos cruzamento da Avenida Pompeia com Francisco
Matarazzo, a enchente invadiu a quadra da Escola de Samba Águia de
Ouro, levando moto, fantasias e tudo que tinha pela frente. Sem nenhuma
vazão, a água derrubou o muro da CPTM que separa a quadra da Águia da
linha do trem da CPTM. As fantasias dos carros tiveram que ser refeitas
para o desfile de domingo. O menino Tales de Andrade, 14 anos, lembra
que subiu no portão da quadra para fugir da força da água, que atingiu
cerca de um metro e meio de altura. A cozinheira, Márcia, precisou
lavar tudo. A quadra ficou coberta de lama. “Teve prejuízo, mas o
pessoal tem muita garra”, afirmou a estilista da escola, Bete Trindade.
Apesar dos gerentes de lojas de departamento e grifes se recusarem a
falar sobre o prejuízo, a sujeira e as prateleiras quase vazias
denunciavam o saldo negativo deixado pela chuva.
A subprefeita Soninha Francine orienta as pessoas prejudicadas pela
enchente. “Há possibilidade prevista em Lei para que elas tenham
desconto e até isenção de IPTU. Infelizmente não vale para esse
exercício, só para o próximo ano”.
