A urbanização da Praça Washington de Barros Monteiro, na Rua Pedro Machado (região da Francisco Matarazzo), divide moradores da Vila Pompéia. Na gestão do subprefeito Paulo Bressan (2005-2007), o Conselho Comunitário de Segurança de Perdizes (Conseg), que inclui a Pompéia, respeitando demandas das reuniões plenárias, levou adiante um projeto de parceria com a Sub Lapa e Polícia Militar. O objetivo era a construção de um Posto Avançado da PM no local, algo respaldado por Bressan. Na atual administração Luiza Eluf tal projeto foi abandonado com a decisão tomada pela subprefeita de construir uma área verde, antiga reivindicação da Associação Amigos de Bairro da Vila Pompéia.
Sobre esse polêmico assunto, o JG ouviu a presidente da Associação Amigos de Vila Pompéia, Maria Antonieta Lima e Silva, e a presidente do Conseg, Elisete Fabbri. A seguir, um resumo do que cada uma delas defende
Demanda verde
De acordo com a Associação Amigos de Vila Pompéia, a área verde na Pedro Machado nasceu das negociações entre Prefeitura e a construtora Ricci, nos anos 90, quando da construção de torres comerciais no terreno que pertencia às Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo. Tais obras foram incluídas na Operação Urbana Água Branca. “Uma das contrapartidas da construtora foi a doação de um pedaço desse terreno na Avenida Francisco Matarazzo para a Prefeitura, que se comprometia a criar uma área verde (praça). Isso está registrado em cartório e precisa ser espeitado. A região do viaduto Antarctica é muito árida e o solo impermeável. Os congestionamento são freqüentes, aumentando a poluição. O calor dos motores parados nesses congestionamentos torna a área ainda mais quente. Por isso lutamos por uma praça”.
Segurança como prioridade
Segundo Elisete Fabbri, as plenárias do Conseg defenderam o Posto Avançado da Polícia Militar, pois a região ganharia, assim, maior segurança. “Além disso, aquele local é inadequado para a construção de uma praça. Trata-se de uma área de passagem, portanto não teríamos um equipamento utilizado pelos moradores, mas sim uma área verde de passagem, o que acarretaria mais problemas no setor de segurança. Sou especialista na área de meio ambiente. Posso dizer que de nada adianta construir a praça para combater o aumento da temperatura média regional se temos um planejamento urbano que incentiva uma forte verticalização, criando assim ilhas de calor”, afirma Elisete. Ela admite que não tinha conhecimento da legislação municipal que determinava a criação de área verde no local.