A iniciativa da Câmara Municipal em convocar o Secretário da Cultura, Carlos Augusto Calil, e membros dos órgãos responsáveis pelo Patrimônio Histórico e Cultural da cidade envolvidos com análise de processos de tombamento na área da Sub Lapa teve um saldo positivo.
Na quarta-feira, 3, a Secretaria da Cultura, o Conselho do Patrimônio Histórico (Conpresp) e o Departamento do Patrimônio Histórico (DPH), atendendo ao chamado do vereador Aurélio Nomura (PV), debateram , na Câmara, com representantes do Legislativo e membros da comunidade a questão do não tombamento de 21 imóveis que a sociedade civil indicou, em 2004,como bens a serem protegidos. Ao final do encontro, os dois órgãos municipais responsáveis pelas questões do tombamento na capital aceitaram proposta encaminhada por Nomura de continuar o debate num fórum mais amplo na própria Lapa. “Ficou acertado um novo encontro da comunidade com o Conpresp e o DPH. Vamos consultar formalmente a OAB-Lapa para ver se podemos realizá-lo na sede da entidade”, afirmou Nomura.
Procurada pelo JG para comentar o assunto, a presidente da OAB-Lapa. Helena Maria Diniz, adiantou que as portas da instituição estão abertas. “Basta definirmos data e hora para esse debate”, disse a advogada.
Alto da Lapa
O Conpresp também analisa outra questão que tem causado polêmica: o tombamento do Alto da Lapa e Bela Aliança, proposta que conta com o apoio da Subprefeitura da Lapa, mas que encontra resistência por segmentos de moradores locais. “Não há nada definido. As discussões continuam”, garante o presidente do Conpresp, José Lefèvre.
O vereador Toninho Paiva (PR) representante da Câmara no Conpresp tem dialogodo com o grupo que se opõe ao tombamento, sem contudo abdicar da preservação dos dois bairros enquanto áreas residenciais. “É preciso cautela para não engessar a região”, afirma Paiva.