Trezentas vezes Doze: é o caos

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Em meados de 2005, o então subprefeito da Lapa, Paulo Magalhães Bressan, começava a definir quantos ambulantes poderiam ser habilitados para ocupar a Doze de Outubro e a Rua Cincinato Pomponet.
Bressan partiu de um embasamento legal, que determina o espaçamento de 15 metros entre uma barraca e outra, sendo que cada barraca deve ocupar um espaço máximo definido: 1,5 m x 1 m.
Sendo assim, foram autorizados a trabalhar na Doze de Outubro 77 ambulantes e outros 29 na Cincinato, num total de 106 barracas. Além disso, Paulo Bressan entregou uma Doze com o leito carroçável totalmente liberado ao tráfego de veículos, algo que há anos não acontecia.
No sábado, 28, a reportagem do JG circulando por toda a Cincinato e no trecho da Doze entre a passagem de nível e a Antônio Raposo contabilizou mais de 300 ambulantes, que tomam as calçadas e também parte do leito carroçável.
Questionado (na segunda-feira, 30) sobre como fazer cumprir o estabelecido por Bressan em 2005, o chefe de gabinete da atual gestão da Subprefeitura da Lapa, Rogério Gebara, não se manifestou até o fechamento desta edição, na sexta-feira,4.
No domingo 29, o prefeito Gilberto Kassab, em entrevista ao Jornal da Gente abordou a questão do comércio ambulante na Lapa. “Todos sabem da preocupação que temos com os ambulantes. São pessoas que precisam sustentar suas famílias. Quando falo em ambulantes, não estou me referindo aos que trabalham com carga roubada ou pirata. Com eles somos implacáveis. Com os outros temos, sim, de nos preocupar em encontrar locais para a construção de shoppings populares”.

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