Emurb quer entregar obras em 2025

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Dezessete anos. Esse é o prazo estimado pela Empresa Municipal de Urbanização, Emurb, para a conclusão de importantes obras na região da Marginal Tiête, Avenida Marquês de São Vicente,Viadutos Pompéia e Antarctica e Avenida Francisco Mata-razzo, que fazem parte da Operação Urbana Água Branca.
Outras pequenas obras, boa parte referente a reconfigurações paisa-gísticas e criação de praças, já têm seus projetos concluídos e, segundo o diretor da Emurb, Rubens Chamma, irão entrar em fase de licitação. “Temos mais de 33 milhões (arrecadados com outorgas onerosas na Operação Urbana). Com isso vamos poder tocar obras de alargamento de vias (como a Pedro Machado) e calçadas”.
Para a presidente da Associação Amigos de Vila Pompéia, Maria Antonieta Lima e Silva, que participou do debate sobre assunto promovido pela Sub Lapa, na terça-feira, 12, é inconcebível aplicar R$ 33 milhões em obras, quase todas, paliativas. “É muito dinheiro sendo aplicado sem que a comunidade tenha a oportunidade de opinar. O pacote vem de cima para baixo, como se a Emurb fosse dona do dinheiro. São verbas públicas. Não dá para entender como deixam de lado a ampliação da Avenida Auro Soares até a Santa Marina, algo que talvez aconteça somente em 20025”, avalia Antonieta, que elaborou um detalhado relatório sobre a complexa situação em termos da reurbanização da Água Branca e adjacências. “Vamos tentar barrar na Justiça essas ações da Emurb”, acrescenta ela, afirmando que já entrou com um mandado de segurança no qual contesta ações da Emurb.
O arquiteto e ex-vereador Nabil Bonduk (professor da USP), relator do Plano Diretor da Cidade aprovado em 2002, diz que a Operação Urbana Água Branca, aprovada em 94, está defasada devido à grande mudança do perfil da região. “ O ideal, hoje, é que a Câmara abra o debate para a revisão dessa Operação, chamado a população para avaliar as obras necessárias.É uma área que precisa de intervenções que vão além da construção de praças e alargamento de calçadas, obras importantes, mas insuficientes em termos de planejamento urbano”, afirma Bonduk.

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