No domingo, 18, a reportagem do JG acompanhou, pelo terceiro final de semana consecutivo, a ação organizada pela Subprefeitura da Lapa para coibir a distribuição de panfletos e colocação de placas de publicidade nas ruas da região, sobretudo por parte do mercado imobiliário e de concessionárias de automóveis.
Eram onze horas quando duas viaturas da Sub Lapa e um carro acompanhando o chefe de gabinete, Eloi Murari, deixaram o pátio da rua Guaicurus em direção à Lapa de Baixo. Na avenida Ermano Marchetti moças e rapazes agiam nos semáforos distribuindo folhetos ou segurando placas de publicidade.
Numa das poucas esquinas com esse tipo de movimentação foi possível ver como age uma das empresas do segmento da construção civil. Assim que as viaturas da Sub Lapa se aproximaram, “vigilantes” com celulares em mãos alertaram rapidamente os divulgadores de plantão. Em questão de segundos, moças e rapazes removeram as placas amarradas por fio de arames nos postes, recolheram pacotes de panfletos, entraram numa Kombi e foram embora. “É um jogo de cão e gato”, afirma Eloi Murari. “Mas vamos continuar fiscalizando, pois o que vale em São Paulo é a lei Cidade Limpa”.
No domingo, na região da Leopoldina e Alto da Lapa, a blitz da Sub recolheu panfletos e publicações de duas grandes construtoras com empreendimentos na região. Curiosamente uma delas evitou colocar placas no horário da blitz. Porém, a partir das 15h, quando cessou o trabalho dos fiscais, vários postes das avenidas Queiroz Filho, Imperatriz Leopoldina e rua Schlling estavam cobertos de publicidade ambulante, mostrando que a Lei Cidade Limpa vale e é respeitada pela maioria do comércio, enquanto um número pequeno de empresas continua desafiando a legislação. “Além dos panfletos jogados nas ruas, temos também os ‘pic-nics’ nos veículos de apoio estacionados nas ruas que , ao fim do “expediente” não levam consigo o lixo gerado.Tivemos uma trégua mas estão de volta. Até quando?”, questiona o leitor Ernesto Cezar.