Evento indica soluções para a caixaria

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Fabricantes de embalagens destinadas ao mercado de hortigranjeiros, participaram da 1ª Semana da Embalagem (de 15 a 18 de outubro), evento que teve como a antiga sede da antiga Caixa Estadual, na Ceagesp.
Paralelamente, uma série de debates colocou em pauta uma calorosa discussão: qual a melhor embalagem para o transporte e comercialização de frutas, verduras e legumes? A questão interessa diretamente aos moradores da Leopoldina, que convivem com os problemas da zona da caixaria – onde se acumulam caixotes de madeira – e também aos supermercadistas, uma vez que hoje, 10% do faturamento do setor são provenientes da venda de hortifrutis.
Para a Associação Paulista de Supermercados (APAS), a melhoraria da qualidade dos produtos oferecidos pelo setor está diretamente relacionada com a dinâmica do setor de embalagem. A entidade, com sede no Alto da Lapa, participa de programas de modernização dos processos agrícolas.
Para os supermerca-distas, a adoção de técnicas adequadas pode reduzir as grandes perdas registradas pelo setor de 23% para 8%.
A modernização passa pela padronização das caixas de transporte e comercialização dos produtos – de modo que elas possam ser deslocadas dentro dos centros de distribuição por empilhadeiras – e pelo uso de materiais como plástico, madeira e papelão na confecção das mesmas.
Na Leopoldina, o problema dos caixeiros instalados ao redor da Ceagesp coloca a caixa de madeira como vilã. Mas para os fabricantes de caixas (novas) de pinho o problema não é a madeira e sim a falta de fiscalização. “A lei não proíbe o uso de caixas de madeira para o transporte de alimentos. Ilegal é reutilizar uma caixa de madeira sem providenciar a sua higienização”, afirma Adriano Magalhães, diretor da Cooperativa Agrícola Pintada, empresa que produz alimentos e também fabrica engradados de madeira. “Nossa matéria-prima é o pinus. Fabricamos caixas numa montagem e espessura que dificultam a reutilização das ripas O que falta é fiscalização, para impedir a entrada na Ceagesp de caixas de madeira reutilizadas”
Numa das áreas do entreposto da Leopoldina, a Central de Embalagens atua num programa que tem por objetivo garantir a circulação e posterior higienização de embalagens plásticas conforme pede a Lei. A empresa aluga essas embalagens pelo contrato mínimo de 24 meses. O argumento usado pelo setor comercial da Central de Embalagens é que como as caixas são reutilizáveis, o custo de sua locação é amortizado facilmente. Em comparação com outros tipos, esses engradados têm maior durabilidade e resistência e são facilmente higienizados.

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