Lapa fora do adensamento dos eixos de transporte

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Rua Clélia está fora do critério de adensamento do Plano Diretor Estratégico

A região da Lapa está fora do critério de adensamento dos eixos de transporte urbano (ônibus e Metrô) proposto pelo novo Plano Diretor Estratégico (PDE) da Cidade de São Paulo, aprovado em 30 de junho pela Câmara Municipal. A informação é do vereador e relator do PDE, Nabil Bonduki. Segundo ele, ruas da região da Lapa, como a Clélia, estão fora do adensamento dos eixos porque o critério será apenas para corredores (de transporte) estruturados à esquerda. “Na verdade toda região da Lapa, como faz parte do Arco Tietê, só vai poder ter coeficiente (construtivo) alterado a partir do Plano Urbanístico do Arco Tietê que deverá ser feito pelo Executivo e que tem prazo aprovado, por uma emenda, para 2016”, revela o vereador petista. “O Plano Urbanístico do Arco Tietê terá uma discussão especifica sobre toda a região da Lapa que não foi afetada pelos eixos de adensamento”.

Adensamento – De acordo com o relador do PDE, a construção de prédios altos na cidade será reordenada na cidade. “O plano propõe tornar a cidade mais compacta, com mais pessoas morando em áreas já urbanizadas, reduzindo os deslocamentos e aproximando moradia e emprego. Ao mesmo tempo, áreas mais periféricas receberão maior infraestrutura e emprego, com a implantação dos Pólos de Desenvolvimento Econômico, o que também contribuirá para melhorar a ofertas de serviços nessas regiões e reduzir os deslocamentos (das pessoas)”. Para Nabil, o processo de adensamento ao longo dos eixos e a construção de ciclovias (como a da Ceagesp até o Ibirapuera – em construção), contribuirá para a racionalização do uso do automóvel. 

Impacto – Para a arquiteta e presidente da Assampalba (Associação de Amigos e Moradores pela Preservação do Alto da Lapa e Bela Aliança), Maria Laura Fogaça Zei, a “Cidade não vai suportar o super adensamento previsto no Plano Diretor. O Plano deveria ser mais discutido com a sociedade. Ele é favorável ao mercado imobiliário”, reclama a presidente da Assampalba que teme impacto do adensamento nas zonas estritamente residenciais  (arborizadas) que servem para resfriamento da Cidade. 

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