Prometeu volta ao palco

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Espetáculo apresenta uma reflexão sobre o mito com uma leitura crítica do atentado de 11 de setembro

A peça “Prometeu : Estudo nº 1.1” está em cartaz no teatro Cacilda Becker, todas as quintas-feiras, às 20h30, até o dia 27. A peça faz parte de um estudo da Cia Antropofágica que fala sobre a punição influenciado pelo texto “Vigiar e punir” de Michel Foucalt.
Neste espetáculo, a companhia apresenta uma reflexão profunda sobre a história de Prometeu, fazendo uma leitura crítica do mito a partir dos acontecimentos de 11 de setembro de 2001, em Nova York.
Com direção de Thiago Reis Vasconcelos e tradução de Alberto Guzik, o texto de Ésquilo “ Prometeu acorrentado “ conta a parte da história onde o mito rouba o fogo dos deuses e entrega aos homens. Por isso, Prometeu é punido a mando de Zeus, pelas mãos de Hefesto , sendo acorrentado em um penhasco onde uma águia sanguinário aparece para devorar seu fígado.
A peça traz o desfecho em que Prometeu ocupa entre os deuses: uma posição de ambigüidade em todos os sentidos. “Não é inimigo de Zeus , mas também não é aliado fiel.Trata-se de um rival , que embora não aspire a realeza do céu, representa dentro da sociedade dos deuses do Olimpo, um princípio de contestação”.
Além de uma forte visão crítica do mito baseada no texto “Prometeu libertado” do dramaturgo Heiner Muller, onde Prometeu entregou o fogo aos homens, mas não lhes ensinou a usá-lo contra os deuses, o espetáculo propõe uma oportuna reflexão sobre a punição e o declínio dos impérios , fazendo um paralelo do mito com a tragédia do 11 de setembro ocorrido nos EUA, em 2001.
As apresentações de Prometeu acontecem às quintas-feiras, às 20h30, e os ingressos custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). O teatro Cacilda Becker possui acesso para deficientes e fica na Rua Tito, 295, na Lapa. Mais informações pelo 3864-4513.

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