Todos contra a criminalidade

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Foto:

Renião na Apas, , terça-feira passada

JOSÉ DE OLIVEIRA JR. REPÓRTER

A reunião bimestral da 3ª Seccional da Polícia Civil e o CPA/M-5 (Comando Oeste da Capital da Polícia Militar), ocorrida na Associação Paulista de Supermercados (Apas) no dia 14 de setembro, teve uma novidade. Foram chamados representantes das subprefeituras da Sé, Butantã, Pinheiros, Lapa e integrantes da Diretoria de Ensino Centro-Oeste e Norte 1, membros da Companhia de Engenharia de Tráfego, além de outras autoridades para auxiliarem no trabalho de segurança preventiva na região.
Primeiramente, foi apresentado um espectro da criminalidade, com dados sobre homicídios, roubo e furto de veículos. Durante a explanação, foram apontados os problemas decorrentes da falta de iluminação, ação de flanelinhas, moradores de rua, horário de funcionamento dos bares, pontos de prostituição roubo em cruzamentos por causa do intenso tráfego de carros, desmanche de veículos, entre outras situações, que possibilitam ação criminosa.
Na região da Subprefeitura da Lapa, a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) é um pólo gerador de trânsito, graças aos seus 13.200 alunos. Segundo investigação da polícia, muitos estudantes deixam as chaves com os flanelinhas que copiam e entregam-nas para bandidos furtarem o carro. O chefe de gabinete da Subprefeitura da Lapa, Luiz da Silva Filho, uma comissão conjunta entre a PUC/SP, a comunidade local (via Conseg-Perdizes) e a administração municipal. “Nossa ação conjunta prendeu 18 flanelinhas. Todos com passagens pela polícia”, disse Silva Filho, ressaltando que os eventos noturnos promovidos pelos centros acadêmicos também foram suspensos depois da criação da comissão.
O chefe de gabinete também disse que vai haver fechamento de 10 dos 22 prostíbulos autuados na Vila Leopoldina, além de dois na Lapa. A ação também foi feita com o apoio da Polícia Militar. Na semana passada, o Bar De Quinta, que ficava na Rua Bauman, em Vila Leopoldina, foi fechado com 400 pessoas. O mesmo aconteceu com o Picanha na Tábua, em Perdizes. Os dois locais não tinham alvará de funcionamento. Silva Filho recomendou que a cobertura policial de eventos na região seja antes comunicada à Subprefeitura para a verificação se aquele evento tem alvará.
A assessora da Diretoria de Ensino Norte 1, Isaura Thomaz, pediu que as autoridades limitassem a venda de bebidas alcoólicas nos bares próximos às escolas. Segundo ela, os alunos entre 15 e 29 anos estão expostos ao risco social ao freqüentarem esses estabelecimentos. Um bom exemplo pode vir de Campo Limpo, onde uma operação da PM em 17 escolas diminuiu a criminalidade. Lá, houve a colaboração da Subprefeitura, que melhorou o entorno das instituições de ensino. Os presentes sentiram ainda a falta de membros do Poder Judiciário para discutirem conjuntamente com a comunidade alternativas para resolução de casos específicos.

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