José de Oliveira Jr. Repórter
O resgate da História da Lapa, através dos relatos de vida de nove idosos. Este é o projeto da Oficina de Memória, da Coordenadoria de Saúde da Subprefeitura da Lapa. Segundo a assistente social, Mônica Zarif, todos os integrantes são moradores antigos da região. Eles narram suas histórias nas manhãs de terça-feira no auditório do Posto de Atendimento Médico da Lapa (PAM da Lapa), onde será instalada a Unidade de Referência ao Idoso.
Em 10 sessões, foram gravadas e escritas memórias que mostram a formação do bairro. “Nosso trabalho não tem como objetivo contar a História da Lapa. Mesmo porque temos registros em livros e documentos formais. O que nos interessa é resgatar o papel social e a cidadania, por meio da memória de antigos moradores. O material se juntará aos relatos de idosos de outros cinco bairros. No final, produziremos um álbum de memórias de São Paulo”, explica a fonoaudióloga Aniza Eni Asakawa Sasahara, que também participa do projeto pela Coordenadoria de Saúde da Lapa. Os outros bairros são Santo Amaro, Mooca, Sé, Aricanduva e Pinheiros.
A oficina termina em junho, com a escolha da capa. O álbum da cidade será lançado no segundo semestre deste ano, com o patrocínio da Secretaria Municipal de Saúde, a indústria farmacêutica Novartis, a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz) e a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP).
Polônia Rossi Bertelli é um dos nomes da região da Pompéia, Vila Anglo e Lapa. Com 71 anos, ela disse que sua infância foi marcada pelas chácaras, uma paisagem comum nesses bairros nas décadas de 30 e 40. Por meio de gincanas e quermesses, Polônia ajudou a construir o Hospital São Camilo, localizado na Avenida Pompéia, e a Igreja Nossa Senhora Aparecida, que fica na Rua Félix Dela Rosa, no bairro de Vila Anglo. Além de lutar pela inauguração da Unidade Básica de Saúde Jardim Vera Cruz II, na Rua Francisco Bayardo (travessa da Avenida Pompéia).