CLIMA QUENTE NA CLÉLIA

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Comerciantes temem que a Rua Clélia se transforme em uma Avenida Santo Amaro

JOSÉ DE OLIVEIRA JR. REPÓRTER

Os comerciantes da Rua Clélia estão revoltados com as mudanças de tráfego determinadas por causa do corredor de ônibus. Foram colhidas mais de 120 assinaturas exigindo a volta dos horários que permitiam a parada de automóveis na rua. Na última quinta-feira, os lojistas fecharam por mais de uma hora o cruzamento das ruas Clélia e a Rua Tibério, incendiando pneus para chamar a atenção das autoridades.
“Nós nos sentimos enganados. A administração municipal prometeu em reuniões anteriores que não iria modificar os horários de estacionamento no lado esquerdo da rua”, protesta o comerciante Alexandre Fleury, há 12 anos na Clélia. Segundo ele, se houver duas pistas para os veículos e uma faixa exclusiva para os ônibus, a rua se tornará um corredor de alta velocidade.
Em duas reuniões na Associação Comercial de São Paulo – Distrital Lapa (ACSP-Lapa), ocorridas no segundo semestre de 2002, foi combinado que seria proibido estacionar no lado esquerdo da Rua Clélia, somente entre às 6 e 10h. A parada de veículos ficaria livre das 10h em diante – inclusive para carga e descarga. Na Rua Guaicurus, não seria permitido o estacionamento de carros entre 6 e 10h e 17 e 20h, sendo liberada a parada de veículos das 10 às 17h. A São Paulo Transportes (SPTrans), responsável pelo Passa Rápido Pirituba/Lapa/Centro, proibiu o estacionamento das 6 às 20h, causando transtornos para os comerciantes. Os lojistas também reclamam da instalação da sinalização de Zona Azul nas transversais da Clélia.
“Não entendemos a medida da Prefeitura. Só existe um grande movimento de ônibus no horário do rush, no início da manhã, até as 10h, e no final da tarde na Rua Guaicurus, após as 17h. Tememos que a Clélia se torne uma Avenida Santo Amaro, onde os comerciantes foram obrigados a fechar suas portas”, lamenta Masanobu Aoki, dono de uma loja de material de construção, há 10 anos na Clélia.
Na tarde de quinta-feira, seis representantes dos comerciantes – Alexandre Fleury, Masanobu Aoki, Carlos Eduardo Vallilo, João José Rosa Júnior, Sergio Korn e Mario Martinelli – se encontraram com o superintendente de operações da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), Eduardo Macabelli; o gerente-geral da SPTrans, Atilio André Ferreira; o subprefeito da Lapa, Adaucto José Durigan, e profissionais da área de tráfego e trânsito da Prefeitura.
Durante a reunião, não houve acordo entre as partes. Ficou estabelecido que haverá um estudo técnico para verificar a necessidade de proibir o estacionamento na Rua Clélia durante todo o período. Um novo encontro foi agendado para a próxima quinta-feira, dia 5 de fevereiro, às 16h, no mesmo lugar, na sede da CET.

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