Escola apresenta projeto de inclusão a deputada Mara

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Mara Gabrilli visita instalações da Escola Estadual Alfredo Paulino

Depois de passar pelo mercado da Lapa, a deputada federal Mara Gabrilli (PSDB) visitou a Escola Estadual Professor Alfredo Paulino, na segunda-feira (7), no Alto da Lapa, para conhecer o projeto de inclusão da unidade. A diretora Rosangela Yarshel recebeu Mara e apresentou os resultados do trabalho desenvolvido pela fonoaudióloga, Rosana Mendes, junto aos alunos com dificuldade escolar.

Rosana desenvolveu um método que não separa os alunos por patologias, mas por funcionamento cerebral, identificando os casos de dificuldade escolar causada por defasagem pedagógica ou transtorno funcional (como déficit de atenção, dislexia, alguns transtornos espectro autista, bipolaridade ou deficiência intelectual).  “Descobri que se o professor respeitar o que tem em comum e o que tem diferente em cada caminho, ele consegue desenvolver as atividades sem ter o nome da patologia”.

A Escola Estadual Alfredo Paulino aplicou o projeto durante 2015. “Pela primeira vez não temos alunos saindo da escola sem estarem alfabetizados. Uma vitória na educação brasileira”, afirmou a diretora Rosangela na conversa com a deputada.

O trabalho de pesquisa de Rosana começa quando procurava alternativas para ajudar sua filha no processo de aprendizagem. Ela enveredou pelo estudo da Neurociência. “Descobri a diversidade no funcionamento cerebral e as variações de desempenho que determinam o sucesso ou o fracasso nos estudos. Entendi o funcionamento cerebral da minha filha e propus para a escola onde estudava atividades adaptadas para ela, que eu mesma fiz”, revela Rosana. “Existe um protocolo que reenquadra a sala em quatro níveis de aprendizado: o grupo cinza que sem problema de aprendizagem, o grupo verde que tende a ter dificuldade escolar mas não tem patologia, o grupo laranja que são os transtornos de funcionamento (déficit de atenção, as dislexias e espectros autista) e o grupo vermelho que tende a deficiência intelectual. A partir daí transformo a prova em outras quatro provas, adaptadas a cada grupo. A gente passa a realizar provas diferentes, evoluindo cada uma com estratégias da neurociência. Nós tínhamos crianças que o protocolo deu dificuldade de aprendizado, mas a defasagem era tão grande que eles estavam sendo confundidos com deficientes. Fui até Brasília falar com a Mara e ela prometeu visitar a escola para conhecer o projeto “.

Mara gostou do projeto e disse que vai conversar com o novo secretaria (estadual) e estudar possibilidade de emendas parlamentares para multiplicar boas experiências. (MIC)

 

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