Contos de fada ganham nova roupagem em Cabaré das Fábulas

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Divulgação

Princesas, madrastas, bruxas, sapos, irmãs invejosas, música ao vivo, circo e um cabaré. Tudo isso costurado pela presença do Lobo Mau, que faz às vezes de mestre de cerimônia. É assim que se desenrola Cabaré das Fábulas, primeiro espetáculo adulto da Cia. do Liquidificador, em cartaz na Sala Cabaré do Teatro Viradalata (Rua Apinajés, 1387). A direção e dramaturgia são de Fábio Spila e a música foi composta por Henrique Athayde e Daniel Assad especialmente para a montagem. O espetáculo fica em cartaz às sextas-feiras, às 21h. Os ingressos custam R$ 40.

A pesquisa para a peça partiu de dois pontos. O primeiro deles foram as fábulas. Ao escutar contos de fadas, sempre os relacionamos à literatura infantil. Mas não era assim: essas história foram, inicialmente, escritas para adultos e traziam temas como adultério, incesto, mutilação, estupro e mortes horrendas. Em pouco tempo essas versões foram “suavizadas” e eternizadas nas publicações de autores como Charles Perrault, Irmãos Grimm, e muitos outros, e ganharam a “missão” de servir “de exemplo” para as crianças por meio de um entendimento moral.

O outro braço da pesquisa para a criação do Cabaré das Fábulas foi o próprio cabaré. A Cia do Liquidificador foi buscar sua origem: os primeiros artistas a criarem cabarés, tratavam esses locais como um espaço para a experimentação e não apenas um local com alto grau de sensualidade (como vemos nos cabarés franceses) ou um espaço para discurso político (como acontece na vertente alemã).

A dramaturgia une o cabaré e o conto de fadas e traz quadros isolados. São 10 cenas – Prólogo, Apresentação do Lobo Mau, Irmãs Feias, Cinderela, Bela Adormecida, Pequena Sereia, Chapeuzinho Vermelho/A Bela Domadora de Feras, Nascimento da Bruxa, Príncipe Sapo e Música de Encerramento –, cada uma com uma linguagem diferente (teatro de sombras, circo, musical, máscaras e mímica, entre outros).

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