Cesar Callegari fala dos desafios da educação em Café Temático

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Foto: Adilson Moralez

Adilson Moralez
Professor Callegari palestra para representantes das escolas, entidades e empresários da região

A convite do Jornal da Gente e Página Editora, o sociólogo e diretor da Faculdade Sesi-SP de Educação Cesar Callegari participou do Café Temático realizado no Espaço Climbers na terça-feira (27), onde falou sobre os desafios da educação no País e sobre a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O encontro contou com a presença de representantes de escolas particulares da região, das diretorias de ensino estadual e municipal, do prefeito regional da Lapa, Carlos Fernandes, e do vereador Fábio Riva.

Callegari é membro do Conselho Nacional de Educação (CNE), presidente da Comissão de Elaboração da Base Nacional Comum Curricular e relator da Comissão de Formação de Professores do Conselho Nacional de Educação. “Pela primeira vez o Brasil está preparando uma referência do que serão os currículos das escolas do País”, afirma o professor. O CNE deve analisar e complementar até o final do ano a proposta encaminhada pelo Ministério da Educação sobre o modelo de ensino infantil e fundamental.

A BNCC é um documento normativo que define os direitos e objetivos de aprendizagem, de forma a desenvolver os alunos como pessoas, cidadãos e prepará-los para o trabalho. Callegari afirma que mesmo tendo a nova base curricular como um ponto de referência, as escolas ainda manterão sua autonomia. “A BNCC funciona como a espinha dorsal do sistema educacional e discute hoje o ensino fundamental e infantil. O (ensino) médio ainda está em elaboração”, completa. Ele destaca também que será realizada uma avaliação específica para o ensino de escolas privadas e públicas, enquanto o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) continuará como um instrumento para auxiliar no ingresso às universidades.

Com a nova Base Nacional Comum Curricular o objetivo é alcançar uma maior equidade no ensino. “Tem crianças que chegam ao fim do ciclo de leitura sem conseguir ler”, declara Callegari. Esta é a terceira versão da BNCC em discussão e o CNE quer definir os conteúdos que os alunos têm direito de aprender e as competências gerais que precisam ser desenvolvidas, além de dar ênfase na aprendizagem ativa, com maior protagonismo do aluno. “A escola tem que ser, antes de tudo, um espaço de convivência. Em tempos de redes sociais os jovens vão ficando cada vez mais retraídos em suas casas e sabemos que muitos dos ensinamentos só o convívio pessoal garante”, afirma o professor e diretor da Faculdade Sesi-SP de Educação, localizada na Vila Leopoldina, que já conta com um modelo de formação de professores dividido por áreas de conhecimento: linguagens (língua portuguesa, arte e inglês), ciências humanas (história, geografia, sociologia e filosofia), ciências da natureza (biologia, química e física) e matemática.

Serão realizadas sete audiências públicas entre 7 de julho e 11 de setembro pelo País para colher questionamentos e sugestões da população para o documento final. A audiência pública em São Paulo acontecerá no dia 25 de setembro, em um local que ainda será definido. As informações sobre o projeto podem ser encontradas no site da BNCC.

Assista o vídeo do Café Temático

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