O secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni recebeu na quarta-feira (2) os jornais de bairro da Zona Norte e Oeste para uma coletiva sobre a Linha 6 – Laranja do Metrô. Na ocasião, Pelissioni anunciou que um grupo internacional apresentou proposta de negociação do contrato da Linha 6, paralisada desde setembro de 2016 pelo consórcio Move São Paulo, formado pelas empresas Odebrecht Mobility (associação entre a Odebrecht e o grupo Mitsui japonês), UTC e Queiroz Galvão (vencedor da licitação em 2013). O deputado Celino Cardoso (PSDB) organizou a coletiva com os veículos regionais que circulam em bairros por onde passa o traçado da Linha 6.
A Parceria Público-Privada da Linha 6 é a primeira PPP integral de construção de uma linha de Metrô do Brasil e da América Latina. “A PPP embute um investimento estimado em cerca de R$ 10 bilhões para a construção de 15 estações em 15,2 km – que vai da Vila Brasilândia até São Joaquim”, destaca Pelissioni.
A obra começou com a escavação do primeiro poço de ventilação (VSE Tietê) em 13 de abril de 2015. A expectativa é transportar mais de 633 mil passageiros por dia no trecho completo. O prazo de concessão é de 25 anos. O primeiro prazo anunciado para entrega da linha foi 2020, mas foi alterado para 2021. A linha 6 terá 15 estações, cinco delas na região da Prefeitura Regional da Lapa (Santa Marina, Estação Água Branca, Sesc Pompeia, Perdizes e PUC – Cardoso de Almeida).
Lava Jato
Pelissioni explicou que devido ao envolvimento das empresas do consórcio nas investigações da Operação Lava Jato, o BNDES não liberou o financiamento e as obras acabaram paralisadas em setembro de 2016. “As 371 desapropriações – responsabilidade do governo – estão pagas, apenas 5 não foram liberadas (para obra) ainda por trâmite judicial e não por nossa conta”. A proposta da empresa estrangeira é vista com otimismo pelo secretário. “Apareceram vários grupos internacionais, foram mais de cinco, mas para nossa surpresa uma das maiores construtoras do mundo acabou fazendo uma proposta. Se essa empresa retomar a obra esse ano, ela tem quatro anos para concluir toda extensão da Linha 6”, finaliza. Caso a resposta seja negativa, o governo paulista terá que decretar a caducidade do contrato e iniciar um novo processo licitatório.