Espírito de 2017

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Zeitgeist é um termo alemão que pode ser compreendido como “espírito de época”, ou seja, o conjunto de ideias e valores que marcam um determinado período. Agora que nos encaminhamos para o final do ano, é possível fazer uma análise das coisas que marcaram o ano no cenário político, tanto do País como na esfera regional. No Brasil, talvez o termo mais marcante seja “crise política”, com um presidente com baixa aprovação, um legislativo que vota o futuro dos brasileiros mediante a liberação de emendas, e uma intrincada rede de corrupção que, espera-se, nunca mais poderá ter o mesmo modus operandi.

Já na esfera municipal e regional, uma nova forma de fazer política apareceu. A política das mídias sociais, com provas em tempo real de que o prefeito e o prefeito regional estão colocando a mão na massa em ações como as da Cidade Linda e Bairro Lindo. Lógico que, além de mostrar a execução do trabalho, as transmissões realizadas em canais como o Facebook têm um objetivo de marketing político. Felizmente a plataforma é uma via de duas mãos, onde muitos munícipes aproveitam a oportunidade para se comunicar com seus governantes, elogiar ou criticar.

Com um orçamento apertado é difícil revolucionar as políticas de saúde, educação, entre tantas outras, então a aposta da gestão municipal em zeladoria faz sentido, uma vez que muitas das reclamações da população são ligadas à manutenção nos bairros onde moram. Dificuldades de transitar em uma rua, árvores que afetam a rede elétrica e falta de segurança em locais com baixa iluminação exemplificam a importância da zeladoria. Ao mesmo tempo, esse trabalho não tem fim. Se feito apenas uma vez, não é suficiente para garantir uma cidade linda e sem problemas. Deve ser realizado de forma contínua para que de fato se torne um marco. Enquanto a Prefeitura foi criticada no começo do ano pela cobertura de grafites na cidade, na região, Carlos Fernandes investiu nessa modalidade de arte urbana para revitalizar pontos degradados, caso da Toca da Onça, para valorizar seu potencial como símbolo da região.

As lutas continuam porque, além da zeladoria, os moradores da Lapa querem mais e melhores equipamentos de saúde, querem a reabertura do Parque Orlando Villas-Bôas, querem cultura, querem segurança. Com os novos empreendimentos, a comunidade lapeana vai aumentar, e mais pessoas irão se juntar ao coro que há muito pede melhorias para a região. Tudo ainda está muito indefinido, por causa dos recursos limitados e crise econômica que deixa a população insegura, mas é importante ter em mente o que queremos deixar de legado, seja como obra ou como luta, para as próximas gerações. O que te marcou em 2017?

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