Embora os dados estatísticos classifiquem São Paulo como uma metrópole relativamente segura, o medo do crime, por vezes, nos afeta mais que o próprio crime.
Especialmente quando episódios graves comovem a comunidade, aparecem propostas radicais, mágicas ou simplistas para banir ações criminosas.
Magalhães Noronha dizia que o crime “surge com o homem e o acompanha através dos tempos, isso porque o crime, qual sombra sinistra, nunca dele se afastou”. Se nenhuma sociedade conseguiu abolir o crime, o que pode ser feito?
Inicialmente, não se pode combater o crime praticando ilegalidades ou violando direitos fundamentais das pessoas.
Além disso, temos que desenvolver uma cultura de paz, banindo as armas de fogo do meio social. Todos os países que conseguiram reduções em seus índices criminais fizeram isso.
É preciso tratar o uso de drogas como uma questão terapêutica, mas também legal, responsabilizando o consumidor, fazendo-o assumir sua escolha. Sem usuário, não haverá traficante. E o tráfico deve ser duramente reprimido.
Finalmente, a participação comunitária. Somente pelo diálogo entre a comunidade, a polícia e o governo se desenvolverá a confiança recíproca, da qual resultarão soluções baratas e eficientes, como a Vizinhança Solidária e os CONSEGs.
São Paulo é a cidade que amamos. E uma São Paulo segura é o que queremos.