Conselheiros criticam esvaziamento de reuniões

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Foto: Bárbara Dantine

Bárbara Dantine
Reunião de junho do Conselho Participativo Municipal da Lapa

Com assuntos de grande importância para a região, a reunião do Conselho Participativo Municipal (CPM) da Lapa, realizada na quarta-feira (5), contou com a presença de apenas sete conselheiros. Os representantes dos bairros presentes criticaram as frequentes ausências dos demais conselheiros, algumas sem justificativa desde o começo do ano. Sem quórum mínimo, o conselho não consegue realizar as votações, incluindo as de perda de mandato para quem não compareceu a nenhuma reunião ao longo do ano. Além de lidar com problemas pontuais de cada um dos seis distritos da Lapa, o conselho deve acompanhar as atividades da subprefeitura, incluindo a execução orçamentária.

Jacqueline Araújo, conselheira por Perdizes, realizou uma apresentação com os números que recebeu da subprefeitura sobre os serviços e custos até o mês de abril. Ela constatou que cerca de 42% dos gastos da subprefeitura são referentes às despesas internas, como pagamento dos funcionários do conselho tutelar e manutenção. Foram executados 3522 serviços de tapa-buraco até abril e 1241 podas de árvores. Ela afirma ainda que foi informada que os serviços de limpeza de bueiros são feitos através de um contrato da Prefeitura com a Inova, sem a necessidade de uso do orçamento da subprefeitura, que é de R$ 38.219.595,00 para o ano de 2019, além de R$ 2,6 milhões de emendas de 2018 que ainda não foram executadas e mais cerca de R$ 1 milhão de novas emendas. O total empenhado até abril de 2019 foi R$ 17.364.840,66. A conselheira pretende elaborar uma tabela junto com os responsáveis pelo financeiro e obras da Subprefeitura Lapa, que possa ser atualizada mensalmente, de forma a facilitar o acompanhamento do orçamento.

Outro assunto da reunião foi o encaminhamento de um ofício com questionamentos sobre uma grande obra na Avenida Sumaré, onde está prevista a construção de uma escola particular. Na calçada em frente à obra uma tubulação está com o escoamento de água cristalina. Os conselheiros questionam qual a origem dessa água, se não existe a possibilidade de ser alguma nascente e se foi realizado um estudo de impacto no viário com a construção da escola.

Bárbara Dantine
Obra na Avenida Sumaré

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