Governo apresenta plano para retomada da economia e Sorocabana receberá 60 leitos de enfermaria

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Foto: Governo do Estado de São Paulo

Governo do Estado de São Paulo
Coletiva de imprensa onde o governador João Doria anunciou o Plano São Paulo

O governador João Doria apresentou na quarta-feira (27) o Plano São Paulo para a reabertura de setores da economia a partir de 1º de junho. Com informações dos índices de ocupação hospitalar e da evolução de casos em 17 regiões do Estado, foram definidos cinco níveis restritivos de retomada para que o sistema de saúde continue em funcionamento. “Até o dia 31 de maio, a quarentena em São Paulo vai salvar 65 mil vidas. Abrimos sete hospitais de campanha, aumentamos em 60% o número de leitos em hospitais públicos, já temos 600 novos respiradores em operação. A fase denominada retomada consciente seguirá a orientação da ciência, com dados técnicos para permitir a gradual e segura retomada”, declarou Doria.

Os eixos das cinco fases de reabertura foram discutidos com prefeitos e representantes de associações comerciais e empresariais, e vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (vermelho) a etapas identificadas como controle (laranja), flexibilização (amarelo), abertura parcial (verde) e normal controlado (azul). As fases de cada região serão determinadas pelo acompanhamento semanal da média da taxa de ocupação de leitos de UTI exclusivas para pacientes de coronavírus e o número de novas internações no mesmo período.

Com exceção da capital, todos os municípios da Grande São Paulo e também da Baixada Santista e de Registro permanecem na fase vermelha e não terão nenhum tipo de mudança na quarentena em vigor desde o dia 24 de março. A etapa laranja, que abrange a capital e outras dez regiões no interior e litoral norte, prevê retomada com restrições a comércio de rua, shoppings, escritórios, concessionárias e atividades imobiliárias. Os demais serviços não essenciais continuam fechados.

Na fase amarela, haverá reabertura total de serviços imobiliários, escritórios e concessionárias. Comércio de rua, shoppings e salões de beleza, além de bares, restaurantes e similares poderão funcionar com restrições de horário e fluxo de clientes. As regiões que chegarem à fase verde poderão atenuar as restrições ao funcionamento de todos os setores da fase amarela. Academias de ginástica e centros de prática esportiva também voltarão a receber frequentadores, desde que respeitados os limites de redução de atendimento e as regras sanitárias definidas para o setor.

A interdição total de espaços públicos, teatros, cinemas e eventos que geram aglomerações, como festas, shows, campeonatos, etc, permanece por tempo indeterminado. Na área da educação, a retomada de aulas presenciais seguem sem previsão, assim como o retorno da capacidade total das frotas de transportes.

A Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, em conjunto com a Secretaria da Saúde, irão analisar todas as propostas para a retomada segura da economia, sendo que apenas entidades setoriais poderão enviar suas propostas. Os cidadãos que quiserem contribuir deverão enviar suas sugestões para as empresas onde trabalham ou entidades de classe. As empresas, por sua vez, deverão enviar suas propostas para as entidades setoriais, que serão responsáveis pelo envio à Prefeitura de São Paulo através do link (www.prefeitura.sp.gov.br/retomada). As diretrizes do Plano São Paulo estão disponíveis no site (www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus/planosp).

Sorocabana

Na quinta-feira (28), o prefeito Bruno Covas realizou uma coletiva de imprensa para falar da retomada em São Paulo. Em seu pronunciamento, foi anunciada a implementação de 60 leitos de enfermaria, para os casos mais leves de Covid-19 que devem ser apenas monitorados, no Hospital Sorocabana. “É uma grande reivindicação da população da Zona Oeste. Vai ser implementado no andar térreo e vai somar à AMA que já é administrada pelo município”, disse o prefeito. Os demais andares do Sorocabana não foram mencionados. Em vídeo divulgado pelo vereador Fabio Riva, Bruno Covas afirma que as negociações entre Prefeitura e Governo do Estado para reabertura efetiva do hospital continuam em andamento.

Toni Zagato, do Conselho Participativo Municipal da Lapa e membro do Comitê de Defesa do Hospital Sorocabana, afirma que a mobilização pela reabertura integral do hospital vai continuar. “Vemos isso como uma vitória importante da luta popular pela defesa do SUS que como o próprio prefeito reconheceu é uma grande luta da população da Zona Oeste. No entanto, temos que ponderar que não estamos falando agora de uma reabertura como colocou o prefeito, porque na verdade a reabertura seria dos cinco andares que estão ociosos, acima da AMA e unidade da Rede Hora Certa. Nada foi mencionado na coletiva sobre esses cinco andares que estão fechados há anos. O que parece que será feito é a conversão da parte térrea onde já funciona a Rede Hora Certa para os leitos de enfermaria. O comitê e população vão continuar reivindicando o que já foi cobrado por ofícios, que é a realização de uma vistoria técnica com profissionais voluntários de engenharia e arquitetura para identificar os eventuais problemas estruturais nos andares superiores do hospital. Acreditamos que o Sorocabana tem muito mais condições para ampliar o atendimento nesta pandemia, cuja duração não conhecemos. Diferentemente dos hospitais de campanha que já têm sido objeto de denúncias e que são administrados por empresas terceirizadas no Rio e em São Paulo, o Sorocabana ficaria de legado para a Zona Oeste, com uma estrutura excelente e permanente, que não seria desmobilizada quando essa pandemia acabar. Continuamos também com a reivindicação da doação do imóvel do hospital, do Estado para a Prefeitura, que já tem um processo na Secretaria Municipal da Saúde”, afirma Zagato.

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