Moradora da Vila Beatriz, no Alto de Pinheiros, mãe de dois filhos e que tem como bandeira uma cidade que alie desenvolvimento e sustentabilidade, Marina Helou participa pela primeira vez da disputa pela Prefeitura de São Paulo.
Helou é formada em administração pública pela Fundação Getúlio Vargas e tem especialização em negócios e sustentabilidade pela Fundação Dom Cabral/Cambridge University. É uma das lideranças apoiadas pelo movimento RenovaBR e atuou na Bancada Ativista. Foi eleita deputada estadual em 2018 com quase 40 mil votos e ajudou a fundar o movimento Vote Nelas, que trabalha para eleger mais mulheres no Legislativo em todo o país.
A candidata da Rede Sustentabilidade frequenta a Lapa e em entrevista ao JG afirma admirar a comunidade. “Nossa qualidade de vida na cidade depende de uma população que construa isso junto com o poder público e a comunidade da Lapa é bastante empenhada e ativa”, diz.
Questionada sobre o seu plano para as subprefeituras se for eleita, Marina Helou defende dar mais autonomia para as administrações regionais, inclusive com escolha do subprefeito pela própria população. “Um dos nossos pilares é descentralizar o poder, de forma que a população local possa escolher o seu subprefeito, alguém que mora e conheça a região e saiba elencar as prioridades. As subprefeituras também vão ter planos locais, a partir de um processo participativo. Nos moldes de hoje temos subprefeitos que nunca tinham ido às regiões em que atuam antes de serem indicados ao cargo. Queremos trazer mais poder para as administrações locais”, afirma Helou. Sobre zeladoria, principal função das subprefeituras, a candidata aponta que com o plano local será mais fácil de cuidar de cada região. “Para a zeladoria é fundamental ter essa visão mais localizada, porque cada território tem suas demandas específicas. Alguns locais precisam de mais atenção com as praças, outros precisam de calçadas e outros de limpeza. Queremos que o orçamento das subprefeituras já tenha essa priorização e que seja feita a contratação de empresas locais para gerar empregos nos bairros”, afirma.
Com a possível saída da Ceagesp e implementação do PIU Vila Leopoldina, temos um cenário inédito de desenvolvimento previsto para o território da Lapa. Marina Helou defende o projeto. “O PIU Leopoldina é super importante e uma grande oportunidade da Prefeitura intermediar o interesse público e privado para desenvolver a região. Do jeito que está hoje é o pior cenário, com as comunidades que precisam de moradia. O PIU consegue resolver a demanda de habitação e requalificar o bairro”, afirma.
Em 2021 está prevista a revisão do Plano Diretor Estratégico (PDE) da cidade. Para a candidata, a revisão deve considerar o que já está no PDE. “Precisa ter um olhar crítico nessa revisão porque o PDE atual prevê muitas melhorias para a cidade que ainda não saíram do papel. Precisamos focar em mobilidade, integração urbana e projetos que vão permitir a construção da cidade que a gente quer ter daqui cinco ou dez anos, que seja sustentável e com qualidade de vida paras as pessoas de todas as regiões”, finaliza.