Nova entidade da região quer promover a cidadania

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Foto: Divulgação

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Fabiana Camargo e Cida Magrini

Com o propósito de engajar vizinhos a participarem das decisões e soluções dos problemas do bairro em que moram nasceu na Zona Oeste a entidade Ética Urbana. Criada por Fabiana Camargo, moradora da Vila Leopoldina, e Cida Magrini, que mora no Morumbi, a sociedade se formou para fomentar o protagonismo dos munícipes por uma cidade mais sustentável e com transformações urbanas que resultem em melhoria na qualidade de vida.

Fabiana e Cida se conheceram durante o processo eleitoral de 2020, sendo que as duas concorreram a uma vaga na Câmara Municipal como vereadoras. Fabiana é advogada atuante nas áreas de Gestão Jurídica de Contencioso e Governança Corporativa para Operadoras de Planos de Saúde, pós-graduada em Direito Cível, do Consumidor e Contratos. Cida também é advogada, com atuação nas áreas societária e contratual, tanto privada como de terceiro setor. Foi conselheira participativa e coordenadora na Subprefeitura do Butantã e conselheira titular no Conselho Municipal de Política Urbana (CMPU) representando a macrorregião Oeste (Butantã/Lapa/Pinheiros). Também foi conselheira titular no Fundurb.

Entre os serviços que serão desenvolvidos pela Ética Urbana estão a elaboração de agenda e interlocução entre o poder público e a sociedade civil, a mediação e/ou conciliação como solução alternativa de conflitos, criação de estatutos e atos societários, palestras, treinamentos e capacitação para a sociedade civil, fomentar, orientar e adequar documentação para organização de associações, consultoria em legislação urbana, assessoria a usuários de serviços públicos e advocacy em projetos sustentáveis. “Sempre fui engajada. Nascida e criada na Vila Ipojuca e agora na Vila Leopoldina há 24 anos, sempre estive em inauguração de praças, nos movimentos de reciclagem de resíduos dos prédios, lidei com questões de vizinhança e barulho. Fui síndica várias vezes e atuei com a arrecadação de alimentos para a Paróquia Nossa Senhora de Fátima. Tudo isso é um início do exercício integral da cidadania. A vida em condomínio já causa um isolamento e quem vive em prédio tem uma realidade diferente de quem vive em casa, que fica mais sujeito à violência, à sujeira das ruas, mas que por outro lado conversa mais com os vizinhos, tem mais união. Em 2021, nesse cenário de pandemia, vimos que era preciso mudar, que não pode ter uma divisão entre moradores de prédios e casas. Sofremos as mesmas dificuldades e estamos todos em isolamento. Precisa ter uma comunicação integrada para sermos ouvidos pelo poder público. Até mesmo nos bairros já organizados que têm associações ou grupos de moradores no WhatsApp não está sendo alcançado o objetivo comum porque fica sem foco e as coisas se perdem. As pessoas não sabem o caminho de interlocução ou como conduzir o mais importante que é a comunicação não violenta. Estamos celebrando a chegada da Ética Urbana para fazer esse papel. Queremos assessorar grupos que queiram se formalizar como entidade, como ONG e preparar os indivíduos de cada bairro para um movimento de cidadania. Só assim que a sociedade vai se engajar em causas maiores. Isso é importante porque quem paga a conta somos nós, com serviços públicos de baixa qualidade, presos dentro de casa enquanto vândalos estão soltos, com um IPTU alto sem isenção na pandemia”, afirma Fabiana.

Com o debate da revisão do Plano Diretor Estratégico da cidade previsto para este ano, a entidade já se mobiliza para garantir a participação social nesse processo tão importante para o desenvolvimento dos bairros. Mais informações sobre a Ética Urbana estão disponíveis no site (http://eticaurbana.com.br).

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